domingo, 29 de dezembro de 2013

A incrível mountain bike de ouro de US$ 1 milhão


A incrível mountain bike de um milhão de dólares
Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 16:14
Foto mountain bike de ouroBike de Ouro - Imagem destacadaQue tal uma bike feita de ouro? Nos Estados Unidos, a empresa The House of Solid Gold (THSG), especializada na criação de objetos de uso diário em ouro, apresentou uma bicicleta folheada em ouro 24k. A bike foi avaliada em um milhão de dólares e pode ser a bicicleta mais cara que se tem notícia.
A bike foi construída pela Veloworks Bicycles, de Santa Mônica, na Califórnia, e terá apenas 13 exemplares. Cada bike leva 750 horas para ser produzida e as partes recebem um processo químico onde uma fina camada de ouro é aplicada nas partes metálicas que se chama “eleBrasao Bike de Ouroctroplating”.
A bike traz o emblema THSG (foto ao lado) no tubo da caixa de direção adornado com uma incrustação de 600 diamantes (6 quilates no total) e 500 safiras douradas (4.5 quilates).
Na realidade, a bicicleta é uma fat bike Salsa Mukluk XL, com rodas aro 26 e pneus de quatro polegadas de largura e quadro de alumínio. O garfo e os cubos também são da mesma marca, assim como as blocagens, a coroa única de 36 dentes e a abraçadeira de selim. Para completar o brilho, muitas peças usadas na bike são originalmente douradas, como por exemplo as pastilhas de freio da JagWire e a corrente da marca AMC.
Câmbio de ouro - Bike de ouroA caramanhola de inox folheada a ouro é da marca Klean Kanteen. O selim é revestido com couro de jacaré e o quadro é assinado a laser pelo artista, que numera individualmente cada bike. A bike vem com componentes Shimano SLX e XT de 10 velocidades.
Mais informações no site www.thehouseofsolidgold.com

Capacete: equipamento garante pedalada segura

A importância do uso do capacete, a evolução dos modelos, os cuidados e qual o melhor para cada modalidade

 O uso de um equipamento para proteger a cabeça se perde na história. Todos já vimos gravuras de guerreiros antigos e seus capacetes. Bem protegido no interior de nosso crânio está a nossa vital central de comando, nosso precioso e frágil cérebro.
Pedalar sem capacete, nem que seja um descontraído passeio no parque ou na ciclovia, é um ato de imprudência e no mínimo de falta de consciência.

No Brasil, a obrigatoriedade ficou fora da reforma do Código de Trânsito Brasileiro de 1998 e, mesmo nos países desenvolvidos, a obrigatoriedade do uso é tímida. Na Austrália, o uso é obrigatório desde 1989 e, na Nova Zelândia desde 2003; nos Estados Unidos, a lei varia de estado para estado. No Japão, por exemplo, o uso é obrigatório para menores de 13 anos desde 2008. Um capacete é projetado para absorver o impacto de alguém que caia de uma bicicleta e por isso jamais deve ser usado em veículos motorizados como jet skys, quadriciclos, ciclomotores e afins.
O clássico “Hairnet” feito com tiras de couro
HISTÓRIA
Os primeiros modelos datam do início do século 20 e eram feitos de couro, mas, até os anos 70, capacetes eram rechaçados por ciclistas profissionais, que alegavam desconforto, excesso de peso e perda aerodinâmica como desculpas para não usarem a proteção.
Conhecidos como hairnet, pois se pareciam com uma rede de cabelos, os primeiros modelos de capacetes consistiam em largas tiras feitas de couro acolchoadas em seu interior com tecido ou outro material macio e ofereciam pouca proteção.
Em 1975, a Bell apresentou o Biker, seu primeiro modelo para ciclistas, feito em Estireno. As campanhas de prevenção de acidentes ganharam força nos Estados Unidos, especialmente voltada para a segurança infantil e os capacetes começaram a se popularizar.
Sempre na vanguarda, em 1983 a Bell lançou o primeiro capacete feito de EPS (Poliestireno Expandido), o modelo Bell V1 Pro, bem similar ao formato dos modelos atuais, com amplas aberturas de ventilação. Alguns, como o Giro Prolight, tinham o EPS à mostra e eram cobertos por uma capa feita de tecido com elástico nas bordas que literalmente vestia o capacete. Em 1986, o belga Michael Vaarten foi o primeiro ciclista a conquistar o título Mundial de Ciclismo usando um capacete.
Um dos primeiros modelos da Bell feito em EPS
Mas a verdade é quase não se viam cabeças protegidas no pelotão de ciclistas profissionais mundo afora.
A primeira tentativa da UCI de tornar o capacete obrigatório foi em 1991, que resultou numa greve mobilizada pelos ciclistas durante a Paris-Nice daquele ano e fez a UCI recuar da obrigatoriedade. As coisas só começaram a mudar em 2003, com a morte do ciclista cazaque Andrei Kivilev, que morreu no dia 12 de março ironicamente na segunda etapa da Paris-Nice. Naquele mesmo ano, a UCI fechou o cerco e no dia 5 de maio decretou a obrigatoriedade do uso e o Giro D’Itália foi a primeira competição onde os ciclistas tiveram que usar a proteção, embora ainda fosse permitido pedalar sem o capacete nos últimos cinco quilômetros de etapas com chegadas em subida. Pouco depois, a lei determinou o uso em todo o percurso de qualquer competição sob a chancela UCI.
EVOLUÇÃO
Depois que os hairnets foram extintos, o EPS (Poliestireno Expandido) entrou para valer no mercado e se mostrou a melhor opção em termos de proteção e leveza. O principal objetivo de um capacete é desacelerar o crânio (e, por consequência, o cérebro) com mais suavidade possível e o EPS cumpre esse papel com louvor. Esse material foi descoberto por dois químicos da empresa alemã Basf em 1949. O produto final é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro que expandem até 50 vezes o seu tamanho e consistem em 98% de ar e 2% de Estireno. Em 1m³ de EPS existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.
Os primeiros capacetes em EPS, conhecidos como “hardshell”, tinham o casco interno separado da camada externa. Atualmente, os capacetes são feitos com a tecnologia In Mold. Nesse processo, a parte interna do casco é injetada em alta temperatura e com alta pressão sob a camada externa, criando uma estrutura bastante sólida e estável. Mais recentemente alguns modelos recebem reforços internos de fibra de carbono.
A última palavra: O modelo Air Attack da Giro
Os sistemas de fecho e as antigas fivelas metálicas deram lugar a modernos fechos que travam e destravam com um clique. A maioria das marcas oferece um sistema de fecho na região da nuca que possibilita o ajuste fino do caimento do capacete à cabeça.
A utilização do túnel de vento auxiliou os estudos em termos de aerodinâmica e ventilação interna e alguns modelos têm canais moldados no interior do casco para essa finalidade.
TIPOS
Existem vários capacetes para várias aplicações. O mais comum é aquele feito de EPS (Poliestireno Expandido), ou seja, um tipo de “isopor”, só que bem mais resistente, com várias aberturas para ventilação e que protege basicamente o topo da cabeça, as laterais e um pouco da nuca. Esse é o mais comum e polivalente, serve para a cidade, para o lazer, cicloturismo, ciclismo de estrada e mountain bike.
Há capacetes específicos para certas modalidades, é o caso dos capacetes para provas de contrarrelógio e triathlon, downhill, BMX olímpico e outras modalidades praticadas com bikes de aro 20, como o Dirt Jumping, Vert e Flatland.
Em sentido horário: capacete de lazer e MTB, ciclismo, aro 20/dirt jump/vert e downhill/bmx
Os capacetes de contrarrelógio são os mais aerodinâmicos, em forma de gota d´água e com um perfil bastante alongado na parte posterior e alguns possuem viseira integrada.
Os de downhill e BMX são do tipo full face, ou seja, são fechados, como os de motocicleta, com o objetivo de proteger o rosto (boca e dentes inclusive) do atleta. Já os de BMX radical oferecem mais proteção lateral, cobrindo a região das orelhas e da nuca.
SALVO PELO BELL
Não me lembro muita coisa daquele dia. Tudo o que sei é por relatos dos amigos que estavam comigo num domingo de março de 2003. A primeira coisa que me lembro é que estava num hospital. Eu havia caído numa trilha numa região remota, a 25km do centro de Campinas e o resgate levou mais de uma hora para chegar. Quebrei duas costelas, a escápula, as duas clavículas e, o pior, fraturei o lado esquerdo do crânio em dois lugares: logo atrás da orelha e na têmpora. O capacete, um Bell modelo Ukon, rachou nesses dois lugares, mas cumpriu o papel de amortecedor da pancada. “Se não fosse o capacete, não sei o que teria acontecido com você. Talvez tivesse morrido no local”, disse-me o neurologista dias depois. Não fiquei desacordado em nenhum instante, mas tive o que se chama de concussão cerebral, algo como um “curto circuito” no cérebro e amnésia pós-traumática, que apagou de minha memória o período logo após o acidente.
CUIDADOS
Capacetes não duram para sempre. Embora não exista uma regra clara que defina o prazo de validade, o capacete deve ser trocado em caso de danos visíveis no casco ou no seu interior como rachaduras e trincas. Um equipamento que sofreu impacto ou queda deve ser substituído, pois sua estrutura pode ter sido afetada e, consequemente, sua capacidade de absorção reduzida. A presença de bolhas ou ondulações na parte externa é sinal de que o capacete está danificado e precisa ser substituído. Mas, é importante ter em mente que nem sempre o dano na estrutura de um capacete é aparente e, na dúvida, é melhor trocar.
Outro fator que pode prejudicar a eficácia de um capacete é o excesso de calor. Jamais armazene ou transporte seu capacete num local muito quente e que sofra ação direta dos raios solares.
Para guardá-lo durante um longo período de inatividade, deixe-o na sua caixa original ou numa bolsa de transporte num local fresco e seco.
Limpeza – Após o uso, deixe-o secar num local ventilado e longe da luz direta do sol, estendido num varal, por exemplo. De tempos em tempos, é bom retirar as espumas e lavá-las com sabonete ou sabão neutro. O casco deve ser limpo com uma esponja úmida e sabão neutro. Jamais use derivados de petróleo ou sprays na limpeza de um capacete. Lembre-se de que são feitos de materiais que podem se danificar facilmente com muitos produtos de limpeza.
Fonte: Bell Sports
O mercado oferece vários modelos de bandanas e bonés
SOB O CASCO
O mercado oferece alguns produtos para usar sob o capacete que aumentam o conforto e também protegem o couro cabeludo do sol, do frio, da poeira e dos insetos, servem também reterem o suor e para fixar melhor o capacete na cabeça.
Essa proteção pode ser feita com um boné (os clássicos bonezinhos de ciclismo com aba curta são perfeitos para isso), lenço, bandana, ou também por acessórios especiais para essa finalidade, como gorrinhos e toucas próprias para o inverno ou as head bands, que são feitas de material de alta absorção de água e têm canais para escoamento do suor.
COMO ESCOLHER
Escolha seu capacete primeiramente pela aplicação. Um modelo de contrarrelógio não vai ser útil para um piloto de downhill e vice-versa.
Assim como sapatos, capacetes têm tamanho certo para cada indivíduo. O tamanho é definido pela circunferência da cabeça (em centímetros), medida a aproximadamente dois dedos acima da orelha. Há marcas que oferecem modelos com sistema de tamanho único, que supostamente se adaptam para todo mundo. Em todo o caso, o melhor mesmo é ir pessoalmente numa bike shop e experimentar. Um capacete não pode ficar nem muito apertado para não causar desconforto e nem muito folgado para não chacoalhar nas trepidações. Na hora de provar, peça ajuda a um atendente experiente.
O último critério a definir é a faixa de preço. O mercado oferece modelos básicos a partir de R$ 69,00 e modelos intermediários podem ser adquiridos com R$ 120,00. É fundamental que se compre o melhor modelo que seu dinheiro alcance, já que sua vida pode depender desse equipamento. Prepare-se para pagar mais caro por modelos mais leves e com mais aberturas de ventilação, lançamentos e capacetes com grife de determinada competição, equipe ou atleta.
Observe:
  • Leveza é uma virtude. Capacetes leves exigem menos da musculatura do pescoço e fazem muita diferença numa pedalada longa;
  • Quanto mais ventilado melhor, lembre-se que o Brasil é um país tropical e quente a maior parte do ano;
  • Uma parede lateral na região das têmporas de boa espessura é muito importante, já que essa região é uma das mais frágeis de nosso crânio;
  • Verifique se o fabricante oferece o serviço de “Crash Replacement”, ou seja, se a marca tem a política de substituição grátis em caso de acidente (Vide Box);
  • Prefira as marcas e modelos que fornecem espumas extras ou que tenham espumas para vender separadamente, pois elas têm a vida relativamente curta;
  • Verifique como é o sistema de fecho, de ajuste das correias. Modelos com sistema de aperto rotativo são mais práticos e garantem melhor caimento;
  • Modelos com viseira protegem o rosto do sol e da chuva. Há modelos com viseira destacável;
  • Alguns capacetes têm uma útil telinha nas aberturas frontais que protege da entrada de insetos e folhagens;
  • Capacete para criança deve ser comprado para a idade atual e não para “servir no futuro”.
SUBSTITUIÇÃO GRÁTIS
Algumas marcas oferecem o serviço de “Crash Replacement”, que é a substituição grátis nos casos de acidentes. Veja no site do fabricante se esse serviço é oferecido e como deve ser o procedimento. Normalmente o contato deverá ser feito com a matriz no exterior e o frete corre por conta do cliente.
USO CORRETO
O capacete deve ser ajustado na cabeça de forma que ele fique bem nivelado e que proteja a testa. Via de regra, o capacete vai ficar um ou dois dedos acima das sobrancelhas. Jamais use-o como se fosse um boné, com a parte frontal inclinada para cima e com a testa exposta a pancadas.

Ajuste as correias de forma que elas se cruzem logo abaixo das orelhas. Um ajuste muito frouxo vai permitir que o capacete sai da cabeça numa colisão por exemplo. O ajuste correto vai permitir que um ou dois dedos sejam inseridos entre a correia e queixo e permitir que o ciclista abra a boca completamente.
CONSELHOS DO MÉDICO
Por conta da gravidade, quando caímos é quase certo que nossa cabeça vai se chocar contra o chão e, em alguns casos, nem temos a chance de usar as mãos como defesa e o impacto contra o solo pode ser muito forte.
“O capacete vai minimizar a pancada, mas em muitos casos poderá haver danos neurológicos”, ensina o médico neurologista Aurélio Dutra, que é fã de mountain bike e curte pedalar nos fins de semana em São Paulo com a esposa e filhinha de dois anos que já tem seu capacete.
É importante saber que as partes mais frágeis de nossa cabeça são as têmporas (lateral frontal), as órbitas oculares e a nuca.
Após uma pancada, o ciclista deve procurar um médico se tiver batido a cabeça, desmaiou ou perdeu a consciência, nem que tenha sido por poucos segundos. Isso significa que o trauma foi importante.
A avaliação médica é também necessária se houver sangramento nasal ou auditivo, pois esses sintomas indicam a possibilidade de fraturas nos ossos mais frágeis do crânio.
Fique atento também se depois da pancada, além de náusea, vômito e sonolência, o acidente apresentar qualquer outro sintoma neurológico como dor de cabeça intensa, formigamento em alguma parte do corpo, perda de força em alguma parte do corpo, dificuldade para falar etc.
“Há casos de hematomas internos que crescem devagar e rompem uma artéria. A princípio a pessoa volta ao normal, mas depois de cinco ou seis horas, vai começar a sentir os sintomas neurológicos (náusea, sonolência, sangramentos, dor de cabeça intensa etc) e será necessária uma cirurgia de emergência”, explica o neurologista.
É muito importante ter sempre em mente que o capacete é uma mera proteção e não substituiu uma pedalada cautelosa. “Em traumas de alta intensidade, com pancadas muito fortes, especialmente nos impactos laterais, o capacete não vai salvar. É importante fazer sempre uma pedalada defensiva”, completa o médico.
Se você caiu numa competição e bateu a cabeça, procure o posto médico ou uma ambulância tão logo seja possível e exija que a organização do evento providencie o transporte até o hospital mais próximo. Sua vida pode depender disso.

Nova blocagem revolucionária recebe aprovação da UCI

 Speed Release é mais seguro e mais rápido nas trocas de roda

Foto de divulgação
A Topolino Technologies, uma empresa norte-americana, desenvolveu uma nova maneira de fixar as rodas na bicicleta. A nova blocagem, chamada de Speed Release, tem tudo para revolucionar esse componente nas bikes de competição.
A nova blocagem, chamada de Speed Release
O funcionamento é muito simples. A blocagem, com a alavanca do aperto em forma de borboleta, fica junto ao cubo. Um adaptador (na prática, uma porca) vai presa na extremidade direita do garfo (ou da gancheira traseira). Basta um clique na blocagem e o eixo salta – impulsionado por uma mola – em direção à porca. Basta girar o botão borboleta e travar, da mesma forma como se trava uma blocagem comum.
O sistema é tão prático e seguro que já ganhou a aprovação da UCI para ser usado em competições de pista e de estrada. O peso da blocagem para a roda dianteira é de apenas 140 gramas, já com o adaptador. Uma versão em titânio vai chegar ao mercado posteriormente.
O inventor e presidente da Topolino Technologies Rafa Schlanger está em busca de parceiros para a fabricação em linha do produto. A empresa foi fundada em 1999 na cidade de Bethel, no estado de Connecticut, e tem 30 patentes registradas, todas no segmento ciclístico, e fabrica também rodas de bike em fibra de carbono e kevlar, além de rodas para cadeiras de roda de alta performance.
Mais informações no site da Topolino.
Veja o vídeo


sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Em questão: aro 27.5 ou aro 29?


As mountain bikes 27.5 vieram para ficar ou são apenas uma moda passageira fruto da sanha dos fabricantes para ampliarem seus negócios? O Bikemagazine esteve na feira Brasil Cycle Fair e conversou com alguns experts do mercado sobre o tema
Publicado em 11 de novembro de 2013 às 13:59
Marcos Adami / Bikemagazine
As mountain bikes 27.5 vieram para ficar ou são apenas uma moda passageira fruto da sanha dos fabricantes para ampliarem seus negócios? O Bikemagazine esteve na feira Brasil Cycle Fair e conversou com alguns experts do mercado sobre o tema.
As rodas de 27 polegadas e meio ganharam espaço nos estandes e já são vistas nas ruas e competições em diversas regiões do Brasil.
Numa recente pesquisa feita na Europa pelo fabricante alemão de pneus Continental, o mercado europeu de mountain bike atualmente está dividido em 30% para bikes com aros 26, 15% para bikes com rodas 27.5. Já as bikes 29er ocupam 55% do mercado.
A verdade é que, na feira, praticamente todos os estandes das grandes marcas exibiam modelos 27.5. Das grandes marcas, apenas a Caloi e a Specialized não tinham a novidade. “A Caloi ainda não aposta nas 27.5. Eu pessoalmente acredito que com o tempo as rodas 26 vão desaparecer do mercado”, afirma Eduardo Rocha, diretor de marcas da Caloi.
A Specialized, por enquanto, não entrou nesse segmento e tampouco lançou modelos para 2014 com rodas 27.5, ou 650b, como a empresa chama essa nova roda.
A Trek, por sua vez, aposta nas bikes de rodas 27.5, mas na feira em São Paulo só havia um único modelo, uma full suspension de enduro.
A taiwanesa Giant trouxe uma ampla linha, assim como a KHS e a Scott, que é pioneira nessa tendência.
VANTAGENS
Na prática, uma bike equipada com rodas 27.5, é apenas 2,5cm maior que uma roda aro 26 no diâmetro externo se medirmos de fora a fora até a banda externa do pneu. Esse valor é de 6,3cm quando comparamos uma 26 com uma 29.
Se é inegável a vantagem das mountain bikes de aro 29 na hora de engolir obstáculos na trilha e nas descidas, e também para manter a inércia nos longos trechos de estradões, as 27.5, entretanto, não são unanimidade no mercado.
“A Continental fez um estudo com os 3 diâmetros de rodas. Resumindo é assim: a 29 demora mais para acelerar, mas depois que está embalada o ciclista gasta menos energia para manter a bike rodando. Eu corri a Brasil Ride com uma aro 29 e foi perfeito”, diz Márcio May, gerente comercial da Continental no Brasil, que conclui: “A tendência das mountain bikes aro 26 é irem sumindo.”
Entre os que defendem a nova 27.5, está André Ricardo Souto Maior, presidente da Soul Cycles. “Acho que a 29 é grande para a estatura média dos brasileiros. A 27.5 seria a bike ideal”, avalia.
A ideia de que a estatura do ciclista é um dos determinantes para a escolha do diâmetro da roda é adotada por muitos fabricantes.
O italiano Michele Bernardi, famoso construtor dos quadros Bernardi, acha que as rodas 29er são perfeitas para ciclistas de mais estatura e que as 27.5 podem ser ideais para a média do brasileiro.
A japonesa Shimano reconhece o lugar e a importância das bikes 27.5 e já tem componentes pensados para atender esse novo mercado. “Acho que essa questão das rodas pode ser comparado ao mundo do surfe. Existem vários tamanhos de prancha para atender aos vários biotipos de surfistas e para vários tipos de onda também. Se eu vou cair no mar e sei que as condições vão estar severas, eu vou com uma prancha mais longa. Acredito que o mesmo vai acontecer com as mountain bikes”, afirma João Magalhães, da Shimano.
Existem os céticos também. Aqueles que acreditam que tudo não passa de uma grande armação da indústria em busca de mais receita. Para o pessoal da Niner, marca norte-americana que exibe a opção pelo 29er embutido no próprio nome, afirma que rodas 27.5 são puro “bullshit”, apenas uma jogada de marketing para que a indústria lance novos componentes. A afirmação é de Marcello Poli, diretor de vendas da Niner no Brasil.
Nunca é demais lembrar das bikes de triathlon equipadas com rodas aro 26 (650C) nos anos 90 que já foram chamadas de revolucionárias, mas que a indústria abandonou a ideia há tempos e nem existem mais. Ao que parece, a tão anunciada vantagem aerodinâmica que as bikes com rodas 650C ofereciam se mostrou ineficiente na prática e quem apostou na ideia teve que retornar às rodas 700C.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Pirataria sobre rodas

Por dentro do mercado de bikes e componentes de origem duvidosa

Não é de hoje que vários ramos do comércio sofrem com as mercadorias de origem duvidosa e com produtos que são imitações de marcas famosas e consagradas. Sejam relógios, óculos, calçados ou roupas de grife, a verdade é que a indústria de falsificações movimenta bilhões ao redor do mundo e praticamente nenhum produto está a salvo desse comércio ilegal que engana até os mais atentos. Nem bebidas, alimentos e remédios escapam da indústria da fraude.
Parece mas não é: Exemplo de quadro Scott Foil pirateato
Recentemente, o mercado de bicicletas de alta performance tem sido alvo desses produtos que chegam cada vez mais ao Brasil. São quadros e componentes como mesa, guidões e canotes, além de vestuário como bermudas, camisas, capacetes, óculos e, claro, bikes completas que imitam modelos famosos.
Em geral são produtos fabricados em países da Ásia, principalmente na China, e que ignoram completamente as normas de segurança e os direitos de propriedade intelectual.
Fora o lado comercial e fiscal, afinal, tais produtos entram por meios ilegais no País sem pagar impostos, existe toda a questão da segurança do ciclista. Nas redes sociais é cada vez mais comum relatos de quadros e outros componentes que imitam produtos de marcas consagradas que provocaram sérios acidentes.
PIRATAS DESPREOCUPADOS
“Os fabricantes sérios realizam muitos testes de laboratórios antes de lançarem um produto. Testam a resistência dos materiais e fazem retoques no projeto original de forma que determinado produto atenda, e até exceda, aos exigentes requisitos das normas internacionais. Produtos piratas não têm essa preocupação. Eu até entendo quem usa um vestuário falso, mas jamais se deve cogitar em usar um produto que comprometa a segurança do ciclista”, esclarece Daniel Aliperti, sócio proprietário da importadora Proparts e da bike shop Pedal Power em São Paulo.

A Pinarello Dogma é um dos modelos preferidos pelos falsificadores
Embora as falsificações não sejam restritas a uma ou outra marca específica do mercado ciclístico, a verdade é que marcas como Ritchey, FSA, Thomson, Giro, Nike, Oakley, Trek, Giant, Specialized, Colnago e Pinarello são vítimas do próprio sucesso e são as preferidas dos falsificadores e do comércio ilegal de bikes e componentes.
Felizmente, as falsificações raramente chegam a componentes complexos de serem fabricados como grupos (pedivelas, cassetes, câmbios, trocadores, cubos e freios), rodas e suspensões, já que exigem tecnologia sofisticada na fabricação.
OEM
O mercado ilegal não é um problema exclusivo do Brasil. Depois que as grandes empresas da América do Norte e da Europa levaram suas fábricas, projetos e métodos de fabricação para a Ásia, não demorou até que surgissem no mercado mundial os primeiros indícios de componentes genéricos (sem marca) e atrás deles vieram as falsificações.

Kit de quadro OEM
A verdade é que produtos piratas ganham cada vez mais espaço no mercado a ponto de algumas empresas desse setor criarem departamentos específicos para combater a produção, distribuição e venda de produtos piratas em todo o mundo.
OEM significa em inglês Original Equipment Manufacturer, ou seja, Equipamento Original do Fabricante
“A Specialized entende que a falsificação dos seus produtos, em particular dos seus quadros e capacetes, se apresenta como um grande risco para a saúde e bem-estar de todos nós”, afirma Gonçalo Costa, responsável pela operação da Specialized no Brasil.
Em busca de mão de obra mais barata que em seus países de origem, os fabricantes ocidentais buscaram parceiros na Ásia, sobretudo na China continental e em Taiwan, que produzissem de acordo com as exigências de qualidade e de segurança internacionais.
Assim, esses fabricantes norte-americanos e europeus firmaram contratos rígidos com empresas asiáticas que foram previamente certificadas para fabricarem produtos de alta tecnologia sempre sob a vigilância e observação de profissionais da marca original que encomendou os componentes.
É normal, portanto, que uma determinada fábrica em Taiwan, por exemplo, fabrique quadros para mais de uma marca, e o mesmo acontece com outros componentes. Esses grandes fabricantes estão amarrados a contratos de exclusividade e sob auditoria constante dos contratantes.
Quando um produto sai de uma dessas fábricas e vai equipar uma bicicleta de uma marca específica recebe o nome de OEM (Original Equipment Manufacturer), ou seja, Equipamento Original do Fabricante e, pelo menos em teoria, esse produto não chegará de maneira alguma ao consumidor final.
Os produtos piratas têm diversas origens. Uma delas, e a mais perversa, são os produtos que são verdadeiras imitações dos produtos consagrados. São cópias pura e simples e muitas vezes são tão toscas que é fácil de serem reconhecidas. Claro que existem cópias quase perfeitas que recebem erroneamente o nome de réplica, um mero eufemismo para falsificação, já que existem diferenças profundas na fabricação e, portanto, no nível de segurança oferecido.
Existem também os produtos genéricos e que não trazem nenhuma marca. Nessa categoria existem muitos quadros, capacetes, óculos e selins, por exemplo, que não têm identificação, embora tenham um design muito semelhante a modelos famosos e de alta aceitação no mercado.
MERCADO CINZA
Uma das maneiras que as mercadorias de origem ilegal chegam às prateleiras é naquilo que é conhecido como “mercado cinza”. Muitas vezes são produtos legítimos, fabricados nas fábricas certificadas, mas que foram desviados de seu propósito original que era atender os fabricantes de bicicletas.

Em geral esses produtos “cinzas” não possuem nota fiscal, já que entraram de maneira ilegal no País.
São peças que foram encomendadas por uma certa marca para equipar um determinado número de bicicletas. Parte desse lote é desviado intencionalmente – pois esses componentes têm preço bem menor – e acabam sendo vendidos no mercado de reposição e de upgrades, o chamado “After Market”. Uma maneira fácil de identificar esse tipo de componente é que eles são embalados dentro de sacos plásticos e não têm a embalagem (caixa) original justamente por serem componentes OEM que seriam usados numa linha de montagem de algum fabricante.
Outra maneira que peças originais chegam de maneira ilegal ao mercado é pelo desmanche de bikes, sejam elas novas, seminovas ou, ainda pior, furtadas.
Embora sejam peças originais, o comércio desses componentes é ilegal, pois não possuem nota fiscal e nem garantia.
Quadros de carbono estão entre os produtos preferidos para falsificação
COMO IDENTIFICAR
Elaboramos algumas dicas que ajudam a identificar produtos de origem duvidosa, sejam eles falsos, genéricos ou oriundos do mercado cinza.

A primeira dica é a procedência. Um produto original de marca consagrada é vendido somente em lojas autorizadas, seja loja física ou loja virtual.
Em caso de dúvida basta consultar o site de uma determinada marca para saber quem é o importador oficial para o Brasil e quais são as lojas autorizadas.
Outra importante pista para identificar um produto legítimo é o preço. Não existem milagres e todos revendedores trabalham mais ou menos num mesmo nível de preço. Desconfie quando um produto estiver num preço muito abaixo do mercado.
Antes da compra, olhe com atenção o produto no site oficial da marca e examine com atenção o produto e observe o acabamento, grafismo, pintura, adesivos, marcas em baixo relevo enfim, tudo o que pode ajudar na distinção de um produto original.
Outra dica é o peso. Informe-se previamente a respeito do peso oficial do produto que está comprando e, se for o caso, exija que a mercadoria seja pesada na sua frente.
No caso de quadros, por exemplo, todos saem de fábrica com um número de série que identifica onde foi adquirido, o lote e o ano de fabricação, como chassis de automóveis. Em caso de dúvida, vale a pena ligar no representante de oficial no Brasil e perguntar se aquele quadro é legítimo.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Conheça as maravilhosas bikes de madeira de Sueshiro Sano

Bikes são customizadas para cada cliente e podem custar até US$ 20 mil
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 10:18
Bicicletas de madeira de Sueshiro SanoO japonês Sueshiro Sano constrói bicicletas de madeira que são verdadeiras obras de arte. Sano pertence a uma família de carpinteiros navais com mais de 200 anos de tradição em Tóquio. Todas as bicicletas são feitas com mogno importado de Honduras e cada bike é customizada para o cliente.
Bicicletas de madeira de Sueshiro SanoA madeira é a matéria-prima dos aros, canote, mesa, guidão, suporte de caramanhola e até do selim.
Bicicletas de madeira de Sueshiro SanoCada bike leva pelo menos três meses para ser produzida e pode custar até US$ 20 mil.
VEJA VÍDEO:
Confira o site do artesão: http://sanomagic.world.coocan.jp/englishindex.html

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fragilidade é efeito colateral na busca por bikes mais leves

Independentemente do material, da marca ou da procedência, os componentes quebram. Quadros, garfos, mesas, guidão, canote de selim, rodas e pedivelas estão entre os mais suscetíveis

Fotos de reprodução
Na busca pela leveza, a fragilidade é um dos efeitos colaterais. Independentemente do material, da marca ou da procedência, os componentes quebram. Quadros, garfos, mesas, guidão, canote de selim, rodas e pedivelas estão entre os mais suscetíveis.

Atletas do pelotão profissional já foram ao chão por conta de peças que se quebraram durante o treinamento ou na corrida. É o caso de Luciano Pagliarini, que, na época em que corria na Itália, quebrou um garfo durante um treino em sua terra-natal, no Paraná.
Bike de Willian Chiarello quebrada no Tour do Rio / Foto: Marcos Adami
Outro caso é o de Breno Sidoti, que caiu no Tour de Santa Catarina. Mais recentemente, o ciclista Willian Chiarello foi outra vítima. A espiga do garfo se rompeu durante uma etapa do Tour do Rio, o atleta foi ao chão e sofreu ferimentos.
Os acidentes por causa de bikes quebradas estão cada vez mais frequentes. Existem até mesmo sites especializados no tema, como o Busted Carbon, que vale a pena conferir.

Novidades da Cycle Show, a maior feira britânica

As principais marcas de bikes e acessórios do mercado mostram suas novidades em Birmingham, na Inglaterra; veja galeria


domingo, 27 de outubro de 2013

Dupla brasileira faz história como a 1ª campeã da Brasil Ride

Henrique Avancini e Sherman Trezza são os campeões da ultramaratona

Avancini e Sherman Trezza, os primeiros brasileiros campeões da Brasil Ride
A quarta edição da Brasil Ride, ultramaratona que chegou à quarta edição pela 1ª vez com a chancela da UCI (União Ciclística Internacional), terminou neste sábado (26 de outubro) em Mucugê, após 7 dias de muito pedal pelas espetaculares trilhas da região da Chapada Diamantina (BA). Após a troca de líderes por três vezes, a ultramaratona foi definida somente no último dia, reservando muita emoção para a grande final.
Pela primeira vez na história da prova, uma dupla brasileira ficou com a primeira colocação na Categoria Open. Henrique Avancini e Sherman Trezza de Paiva sagram-se vencedores neste sábado, com o tempo total de 26h20min39s. Em segundo ficaram os espanhóis Ismael Ventura e Ramon Sagues, com 26h22min11s, e, na terceira colocação, Christoph Sauser e Kohei Yamamoto, com 26h35min49s.
Os vencedores da última etapa, de 69km, foram Christoph Sauser e Kohei Yamamoto, com o tempo de 2h:41min:07s. O curioso é que eles venceram 5 etapas e terminaram na terceira colocação, pois tiveram problemas (5 pneus furados) na 5ª etapa, perdendo muito tempo. Na segunda colocação ficaram os espanhóis Ismael Ventura e Ramon Sagues (ESMTB.Com) com 2h:44min:01s – a revelação da prova – e fechando o pódio a equipe brasileira composta por Henrique Avancini e Sherman de Paiva (Caloi Racing Team), com o tempo de 2h:44min:03s.
O clima de superação e missão cumprida era visível nos rostos dos atletas após percorrerem praticamente cerca de 600km e mais de 12 mil metros de subidas acumuladas. “Participar da Brasil Ride foi uma experiência maravilhosa, curtimos as trilhas o quanto conseguimos, sofremos no calor tentando terminar a prova, estamos tão orgulhosos e felizes por sermos finishers, com certeza estaremos aqui ano que vem!”, disse Robert Wardell, escocês da equipe Trek Factory.
“Foi a prova mais técnica que já fiz na minha vida, estava preparado para algo muito mais fácil, os inícios dos dias são os piores, mas depois que as pernas aqueciam conseguíamos andar bem, é uma combinação de fatores, foram dias muito quentes e estamos felizes de termos terminado a prova bem”, comentou Christoph Sauser.
“Estamos muito felizes, fizemos uma grande prova, super conscientes, super bem, conseguimos controlar todas as fugas, quando o Kohei e o Sauser saíram a gente controlou, fizemos uma prova inteligente” ressaltou Avancini. “É uma satisfação muito grande deixar nosso nome agravado aqui no Brasil Ride, ainda mais sendo a primeira dupla nacional a vencer a prova”, declarou Sherman.
“Brasil Ride oferece um mountain bike com ótimas trilhas, numa atmosfera ímpar, com pessoas incríveis e hospitaleiras. A região é linda, com cachoeiras, travessias de rios, trilhas como a do Vietnã (2ª etapa), e com tantas paisagens que são difíceis de encontrar na Europa. É uma honra estar aqui e ter a oportunidade de pedalar entre os melhores atletas do mundo”, disse Bart Brentjnes, que consagrou-se campeão na categoria Master, ao lado do braziliense Abraão Azevedo.
O título na Categoria Feminina ficou com a equipe invicta em todas as etapas, composta pelas norte-americanas Rebecca Rusch e Selene Yeager com o tempo de 34h11min41s, em segundo com ficou a equipe de Sabrina Gobbo e Daniela Genovesi, com o tempo 38h14min39s e na terceira posição Andreia Marcellini e Melanie Leveau com 42h17min24s.
Na Categoria Mista, a dupla composta por Mateus Ferraz e Ivone Kraft venceu a etapa na expectativa de que os líderes Annabella Stropparo e Piero Pelegrini (Team Hersch Amici di Annabella) chegassem bem atrás deles, já a diferença entre as equipes era de 30 minutos. Tal fato se concretizou em razão da penalidade consistente no acréscimo de uma hora no tempo geral do time italiano. A dupla campeã fechou o Brasil Ride 2013 com 32h37min46s, seguida pela dupla de Annabella e Piero, com 33h28min47s e em terceiro a dupla composta por Weimar Pettengill e Julyana Machado com 40h40min47s.
Na disputa da Categoria Máster. o brasileiro Abraão Azevedo e o holandês Bart Brentjens confirmaram o favoritismo dessa experiente dupla, com 28h:01min:44s, em segundo lugar ficaram os brasileiros Márcio May e Marcio Ravelli, com 33h04min e na terceira colocação os belgas Peter Paelinck e Steven Pauwels com 37h13min27s.
Também invictos em todas as etapas, Heleno Caetano Borges (DF) e Dorivaldo Corrêa de Abreu (BA), da equipe Ice Racing Team – Aguiar Transportes, foram os vencedores na Categoria Grand Master com o tempo final de 34h05min22s. A segunda colocação ficou com Helio Carvalho e Pedro Ricciardi Neto, com 38h:27min:23s, e na terceira os holandeses Hans Post e Sjaak van Etten, com 39h09min32s. “Para nós esse resultado é muito importante, não temos patrocínio nem incentivo para praticarmos esse esporte que a gente ama, isso aqui é tudo para gente!”, afirmou emocionado Dorivaldo Corrêa de Abreu.
Na Categoria Corporate, que teve início na edição passada e possui como característica trios, teve como vencedores Antonio Tony, Paulo Roberto Ferraz e André Souza, equipe Dinani de Vitória da Conquista (BA), com o tempo de 38h50min51s, em segundo lugar outra equipe baiana composta por Marcos Gelbcke Lima, Francisco Cassio Andrade com 43h57min36s e fechando o pódio Adriana Nascimento, Antonio Costa e Donizete Silva de São Paulo com 45h58min24s.
Resultados completos

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Aro 26 ou aro 29: qual é a melhor bike?


Aro 26 ou aro 29: qual é a melhor bike?
Foto: Campa Bikers Blog

A frase de abertura do artigo já é bem polêmica: The 26-inch-wheeled hardtail mountain bike is, indeed, dead. ( A mountain bike rígida de aro 26 está morta, sem dúvida).Como muita gente tem me perguntado sobre como tem sido minha experiência com uma bike de aro 29, resolvi escrever esta matéria, relatando um artigo lido na internet. O autor do artigo, Matt Pacocha, escreve no site http://singletrack.competitor.com e na revista VeloNews. Quem quiser ler o artigo (em inglês) o link é:http://singletrack.competitor.com/2011/02/29er/face-it-the-26-inch-hardtail-is-dead_3050. Como traduzir o artigo iria tomar muito tempo, fiz um resumo dos principais pontos.
O Matt Pacocha já havia escrito um trabalho anterior relatando testes comparativos de desempenho de bikes rígidas (hard-tails) versus full-suspensions, para corrida de cross-crountry, e chegado à surpreendente conclusão que as bikes full são mais rápidas. Eu não li este primeiro artigo porque não está disponível on-line (só na versão impressa da Velonews de julho de 2009). A idéia que ele passa é que a velocidade real de uma full é maior porque os pneus permanecem sempre em contacto com o chão, resultando portanto em melhor tração e controle. Outro ponto, é que com a evolução da tecnologia do carbono e das suspensões, o peso deixou de ser um fator em favor das rígidas, assim como o “molejo” que resultava em perda de eficiência nas full. Aí entra a idéia de velocidade percebida versus velocidade real. Numa rígida se pode ter a impressão de estar indo mais rápido por causa do esforço adicional requerido para pilotar a bike. Eu faço um paralelo com se dirigir uma BMW a 160Km/h e um Fusca a 120Km/h. No Fusca vai parecer que estamos voando, enquanto na BMW vai parecer um passeio.
Bom, o fato é que nesse novo artigo, Matt Pacocha relata que repetiu os testes de antes, agora incluindo uma aro 29 rígida para comparar com as duas aro 26 (uma rígida e outra full). Os testes foram conduzidos numa pista de cross-country de 3.1 milhas (~ 5Km) as bikes eram de alumínio, com os mesmos componentes e pilotadas da mesma maneira, visando manter a potencia usada aproximadamente constante. A diferença de peso entre elas menor que 0,5Kg. Foram feitas 28 passagens com cada bike na pista ao longo de 14 dias e calculadas as médias. Os resultados ( valores médios por volta) estão na tabela abaixo, convertidos por mim para KM/h.
Bike
TempoVelocidade Média (km/h)Velocidade Máx. (km/h)Potência (Watts)
29 rígida
13:3922.0038.56
219.9
26 full
14:3620.7639.59
220.5
26 rígida
15.0020.1237.82
225.0
Dá pra ver que a 29 ganha no tempo e na velocidade média. A full 26 ganha na velocidae máxima e a rígida 26 perde em tudo. A conclusão do autor é que se a trilha ou pista de cross-country for muito técnica é melhor usar a 26 full, porque ela cansa menos e o risco de cortar um pneu numa pancada é menor. Ou seja, a vantagem é por causa da suspensão, não pelo tamanho da roda. Se a trilha for mais suave (como os nossos estradões e muitos single tracks) a 29 ganha. Em qualquer caso, segundo ele, quem usar uma 26 rígida vai ficar em desvantagem. Por isso ele decretou a morte da 26 rígida. Vejam a foto das bikes usadas no teste.
Falta agora ele fazer testes com uma 29full. Se valer a mesma lógica, vai ganhar em tudo. Um blog muito bom pra ler sobre bikes aro 29 é o do P29BR:http://projeto29brasil.blogspot.com/. Tem vários relatos de testes com bikes 29.