segunda-feira, 4 de junho de 2012

O POSICIONAMENTO NA BICICLETA



A figura acima mostra dois atletas posicionados de maneira diferente na bicicleta de estrada. O ciclista da esquerda esta sentado com o quadril encaixado na parte da frente do selim e com as costas "retas", diferente do ciclista da direta que esta sentado na parte de trás do selim e com as costas arqueadas.
As duas figuras me chamaram a atenção, pois é possível observar que eles adotam técnicas diferentes ao pedalar. É importante frisar que o ato de pedalar é dinâmico e que a busca pelo melhor posicionamento na bicicleta deve ser constante. Tudo isso se traduz em conforto, eficiência e bom desempenho.

Através da foto não é possível analisar se eles estão percorrendo o mesmo trecho, pois geralmente os atletas adotam posicionamentos diferentes bicicleta de acordo com o desnível do terreno, nível de esforço, curvas, descidas ou trechos planos. O fato é que o posicionamento arqueado e acentuado das costas assim como a projeção acentuada do corpo para frente, quando por muito tempo, podem trazer grande sobrecarga nas costas, algo que é indesejável para qualquer ciclista. Porém, não se pode estabelecer uma regra ao pedalar, ou seja, somente sentar com o quadril projetado para trás ou para frente ou com as costas arqueadas ou não, pois isso não funciona. O correto é analisar cada situação, por exemplo, o posicionamento na curva, na descida, ao executar grande esforço, na subida...
Se existisse uma única regra qual dos excepcionais ciclistas abaixo estaria correto?
LANCE ARMSTRONG - COSTAS ARQUEADAS E POSICIONADO E SENTADO COM O QUADRIL NA PARTE DE TRÁS DO SELIM


ALBERTO CONTADOR - COSTAS ARQUEADAS E POSICIONADO SENTADO COM O QUADRIL NA PARTE DA FRENTE DO SELIM
FABIAN CANCELLARA - COSTAS RETAS E POSICIONADO E SENTADO COM O QUADRIL NA PARTE DE FRENTE DO SELIM

Dica da Pedal Peças.


TREINAMENTO DE FORÇA PARA CICLISTAS DE ESTRADA

O ciclista de estrada que pretende iniciar um programa de treinamento de força tem como um dos principais objetivos aumentar a velocidade de deslocamento durante a pedalada, que pode ser alcançada através da melhoria da mecânica do movimento e/ou da capacidade condicional. Por isso, para se desenvolver um bom trabalho, é importante, primeiramente, estruturá-lo pensando no fortalecimento e no equilíbrio muscular, o que significa dizer que não há lógica em se trabalhar somente os membros inferiores. Os grupamentos que dão suporte ao ato de pedalar, como os músculos do tronco e dos braços, que possuem maior solicitação durante as acelerações e ou nos trechos de subida, não devem ser negligenciados.
Somente após o preparador físico realizar uma análise das deficiências do atleta, dos objetivos e do tempo de trabalho para se atingir as metas (O GRANDE "PROBLEMA" DA PREPARAÇÃO FÍSICA CONTEMPORÂNEA) é que ele terá subsídios para prescrever corretamente os exercícios, as séries, as repetições, o tipo de trabalho, o local, o número de sessões, a duração... Por isso existe uma grande discussão em relação à eficácia do treinamento de força no desempenho do atleta. Vejo muitas pessoas tratarem esta questão de maneira totalmente simplista, questionando apenas se é ou não importante realizar treinos de força, algo totalmente errado. Em algumas situações é comum abdicar dos treinos de força devido ao pouco tempo de preparação para uma competição, pois há de se considerar o tempo de adaptação e o conjunto Treino de força/Treinos na bicicleta. É indiscutível que a resistência aeróbia é base de todo o trabalho de um ciclista de estrada, pois não adianta um atleta forte e veloz, mas pouco resistente para suportar 5-6 horas pedalando.
Há muito tempo diversos pesquisadores têm demonstrado que é possível "ir além" quando o atleta agrega um bom trabalho de força em sua rotina de treino. Se você também quiser ser um adepto deste tipo de trabalho deve considerar os aspectos citados anteriormente.