terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fragilidade é efeito colateral na busca por bikes mais leves

Independentemente do material, da marca ou da procedência, os componentes quebram. Quadros, garfos, mesas, guidão, canote de selim, rodas e pedivelas estão entre os mais suscetíveis

Fotos de reprodução
Na busca pela leveza, a fragilidade é um dos efeitos colaterais. Independentemente do material, da marca ou da procedência, os componentes quebram. Quadros, garfos, mesas, guidão, canote de selim, rodas e pedivelas estão entre os mais suscetíveis.

Atletas do pelotão profissional já foram ao chão por conta de peças que se quebraram durante o treinamento ou na corrida. É o caso de Luciano Pagliarini, que, na época em que corria na Itália, quebrou um garfo durante um treino em sua terra-natal, no Paraná.
Bike de Willian Chiarello quebrada no Tour do Rio / Foto: Marcos Adami
Outro caso é o de Breno Sidoti, que caiu no Tour de Santa Catarina. Mais recentemente, o ciclista Willian Chiarello foi outra vítima. A espiga do garfo se rompeu durante uma etapa do Tour do Rio, o atleta foi ao chão e sofreu ferimentos.
Os acidentes por causa de bikes quebradas estão cada vez mais frequentes. Existem até mesmo sites especializados no tema, como o Busted Carbon, que vale a pena conferir.

Novidades da Cycle Show, a maior feira britânica

As principais marcas de bikes e acessórios do mercado mostram suas novidades em Birmingham, na Inglaterra; veja galeria


domingo, 27 de outubro de 2013

Dupla brasileira faz história como a 1ª campeã da Brasil Ride

Henrique Avancini e Sherman Trezza são os campeões da ultramaratona

Avancini e Sherman Trezza, os primeiros brasileiros campeões da Brasil Ride
A quarta edição da Brasil Ride, ultramaratona que chegou à quarta edição pela 1ª vez com a chancela da UCI (União Ciclística Internacional), terminou neste sábado (26 de outubro) em Mucugê, após 7 dias de muito pedal pelas espetaculares trilhas da região da Chapada Diamantina (BA). Após a troca de líderes por três vezes, a ultramaratona foi definida somente no último dia, reservando muita emoção para a grande final.
Pela primeira vez na história da prova, uma dupla brasileira ficou com a primeira colocação na Categoria Open. Henrique Avancini e Sherman Trezza de Paiva sagram-se vencedores neste sábado, com o tempo total de 26h20min39s. Em segundo ficaram os espanhóis Ismael Ventura e Ramon Sagues, com 26h22min11s, e, na terceira colocação, Christoph Sauser e Kohei Yamamoto, com 26h35min49s.
Os vencedores da última etapa, de 69km, foram Christoph Sauser e Kohei Yamamoto, com o tempo de 2h:41min:07s. O curioso é que eles venceram 5 etapas e terminaram na terceira colocação, pois tiveram problemas (5 pneus furados) na 5ª etapa, perdendo muito tempo. Na segunda colocação ficaram os espanhóis Ismael Ventura e Ramon Sagues (ESMTB.Com) com 2h:44min:01s – a revelação da prova – e fechando o pódio a equipe brasileira composta por Henrique Avancini e Sherman de Paiva (Caloi Racing Team), com o tempo de 2h:44min:03s.
O clima de superação e missão cumprida era visível nos rostos dos atletas após percorrerem praticamente cerca de 600km e mais de 12 mil metros de subidas acumuladas. “Participar da Brasil Ride foi uma experiência maravilhosa, curtimos as trilhas o quanto conseguimos, sofremos no calor tentando terminar a prova, estamos tão orgulhosos e felizes por sermos finishers, com certeza estaremos aqui ano que vem!”, disse Robert Wardell, escocês da equipe Trek Factory.
“Foi a prova mais técnica que já fiz na minha vida, estava preparado para algo muito mais fácil, os inícios dos dias são os piores, mas depois que as pernas aqueciam conseguíamos andar bem, é uma combinação de fatores, foram dias muito quentes e estamos felizes de termos terminado a prova bem”, comentou Christoph Sauser.
“Estamos muito felizes, fizemos uma grande prova, super conscientes, super bem, conseguimos controlar todas as fugas, quando o Kohei e o Sauser saíram a gente controlou, fizemos uma prova inteligente” ressaltou Avancini. “É uma satisfação muito grande deixar nosso nome agravado aqui no Brasil Ride, ainda mais sendo a primeira dupla nacional a vencer a prova”, declarou Sherman.
“Brasil Ride oferece um mountain bike com ótimas trilhas, numa atmosfera ímpar, com pessoas incríveis e hospitaleiras. A região é linda, com cachoeiras, travessias de rios, trilhas como a do Vietnã (2ª etapa), e com tantas paisagens que são difíceis de encontrar na Europa. É uma honra estar aqui e ter a oportunidade de pedalar entre os melhores atletas do mundo”, disse Bart Brentjnes, que consagrou-se campeão na categoria Master, ao lado do braziliense Abraão Azevedo.
O título na Categoria Feminina ficou com a equipe invicta em todas as etapas, composta pelas norte-americanas Rebecca Rusch e Selene Yeager com o tempo de 34h11min41s, em segundo com ficou a equipe de Sabrina Gobbo e Daniela Genovesi, com o tempo 38h14min39s e na terceira posição Andreia Marcellini e Melanie Leveau com 42h17min24s.
Na Categoria Mista, a dupla composta por Mateus Ferraz e Ivone Kraft venceu a etapa na expectativa de que os líderes Annabella Stropparo e Piero Pelegrini (Team Hersch Amici di Annabella) chegassem bem atrás deles, já a diferença entre as equipes era de 30 minutos. Tal fato se concretizou em razão da penalidade consistente no acréscimo de uma hora no tempo geral do time italiano. A dupla campeã fechou o Brasil Ride 2013 com 32h37min46s, seguida pela dupla de Annabella e Piero, com 33h28min47s e em terceiro a dupla composta por Weimar Pettengill e Julyana Machado com 40h40min47s.
Na disputa da Categoria Máster. o brasileiro Abraão Azevedo e o holandês Bart Brentjens confirmaram o favoritismo dessa experiente dupla, com 28h:01min:44s, em segundo lugar ficaram os brasileiros Márcio May e Marcio Ravelli, com 33h04min e na terceira colocação os belgas Peter Paelinck e Steven Pauwels com 37h13min27s.
Também invictos em todas as etapas, Heleno Caetano Borges (DF) e Dorivaldo Corrêa de Abreu (BA), da equipe Ice Racing Team – Aguiar Transportes, foram os vencedores na Categoria Grand Master com o tempo final de 34h05min22s. A segunda colocação ficou com Helio Carvalho e Pedro Ricciardi Neto, com 38h:27min:23s, e na terceira os holandeses Hans Post e Sjaak van Etten, com 39h09min32s. “Para nós esse resultado é muito importante, não temos patrocínio nem incentivo para praticarmos esse esporte que a gente ama, isso aqui é tudo para gente!”, afirmou emocionado Dorivaldo Corrêa de Abreu.
Na Categoria Corporate, que teve início na edição passada e possui como característica trios, teve como vencedores Antonio Tony, Paulo Roberto Ferraz e André Souza, equipe Dinani de Vitória da Conquista (BA), com o tempo de 38h50min51s, em segundo lugar outra equipe baiana composta por Marcos Gelbcke Lima, Francisco Cassio Andrade com 43h57min36s e fechando o pódio Adriana Nascimento, Antonio Costa e Donizete Silva de São Paulo com 45h58min24s.
Resultados completos