sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Escândalo do velódromo no Rio: Parte 1 - Por ESPN

 
 
  
  
 
Construído para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de 2007, o único velódromo coberto do Brasil está sendo destruído com a desculpa de mandar seus restos para Goiânia. Mas a reportagem do programa Histórias do Esporte descobriu que esta obra gastou R$ 14 milhões dos cofres públicos. Feito para ser definitivo e agora em processo de demolição, o velódromo dará lugar a prédios de alto luxo e exigirá a construção de uma nova instalação de R$ 147 milhões. Veja a primeira parte neste link: http://www.espn.com.br/video/332557_historias-do-esporte-o-escandalo-do-velodromo-no-rio-parte-1

quinta-feira, 30 de maio de 2013

BRASIL RIDE WARM UP INCENTIVA O CICLISMO PARALÍMPICO COM INSCRIÇÃO GRATUITA

 
 
  Adauto Belli, deficiente visual, e Alex Arruda
Alexandre Cappi  
 
O evento Brasil Ride Warm Up esquenta a cidade de Botucatu-SP no próximo feriado no dia 2 de junho com muito pedal, cachoeiras, música e família! O Brasil Ride Warm-UP é o mais novo evento da Roma Sports Marketing que reúne em seu portfólio os dois grandes eventos de ciclismo no Brasil, a Brasil Ride - principal prova de Mountain Bike das Américas - e o UWCT, a etapa Brasileira do circuito mundial de ciclismo de estrada amador, ambas as provas fazem parte do calendário da UCI. 


Pela primeira vez, a cidade de Botucatu-SP terá o privilégio de sediar a etapa de "aquecimento" da Brasil Ride, que visa preparar os participantes para o grande desafio no segundo semestre do ano.E para incentivar o desenvolvimento do ciclismo paralímpico, praticado por pessoas com necessidades especiais (PNE), a organização oferece a inscrição GRATUITA aos participantes desta categoria em Botucatu/SP. A evento acontecerá no próximo feriado do dia 2 de junho de 2013, onde a bela região da "Cuesta de Botucatu" vai receber um dos principais eventos de ciclismo de montanha das Américas, assim como a presença confirmada de desportistas renomados no Brasil e no Mundo (campeões nacionais e mundiais, assim como amadores de toda região).

Brasil Ride Warm UP conta com o patrocinio da Prefeitura Municipal de Botucatu, Prefeitura Municipal de Pardinho, Shimano, Kailash e Gorgeus. Apoiadores: Continental, Scott, Topeak, Squirt, Brasa Bike, Prever e Su Fresh. Organização Roma Sports Marketing. Realização REC.

Dicas de treino e segurança para uma viagem de bicicleta

 
 
  

 

Dicas para uma viagem de Bike por Adriana Kroehne
  
O TREINO
É sempre bom lembrar que o treino não vai te preparar para chegar “na frente” de ninguém, afinal quem faz uma viagem destas, não tem como objetivo “chegar”, mas curtir o caminho com prazer e conforto. Este é o objetivo do treino: chegar inteiro e querendo mais.
·        considerar a distância que se quer percorrer bem como a inclinação das estradas.
·        Se for para a Holanda,  Vale do Loire, Bourgogne ou qualquer destino mais planinho, um mês de treino é suficiente e recomendado.
·        Para a Provence, Alsácia, Puglia, ou roteiros de nível intermediário, considere de dois a três meses.
·        Se você for um apaixonado por bike e quiser grandes desafios e pensar na Catalunha, Croácia ou  Toscana, comece a se preparar com 4 meses de antecedência.
·        Faça aulas de spinning
·        Aproveite os fins de semana para pedalar com os amigos. Além de um programa delicioso, nos roteiros as pedaladas acontecem em vias urbanas, estradas, ciclovias e a técnica “de rua” também é muito importante.

A SEGURANÇA
Antes de mais nada, estude a cultura do destino onde você pretende pedalar. Informações básicas podem fazer muita diferença, como se o destino é “bike friendly” e os carros e pedestres respeitam os ciclistas, se há estradas pouco movimentadas,
·        Use sempre capacete. Pense nele como os freios de sua bike: se estiver sem, não saia.
·        Luvinhas são sempre muito úteis. Além de proteger as mãos do sol, pense: o que vai ao chão em primeiro lugar no caso de uma queda?
·        Não esqueça seus óculos de sol. Protege do sol e da poeira e pedrinhas que podem ser levantados por outros carros.
·        - Pedale sempre no sentido dos carros, nunca pela contra-mão.
·        - Numa rotatória, pare e somente quando não houver fluxo de veículos, avance.
·        - Sinalize com as mãos quando for virar. Da mesma forma que um carro, quem vem atrás deve saber de suas intenções.
·        - Não freie bruscamente, especialmente se você estiver sendo seguido por outras bikes.
·        - Use lanternas, colete ou qualquer sinalizador que seja bem visível, especialmente à noite.
·        - segure o guidão com as duas mãos, especialmente nas ladeiras. Uma simples pedrinha pode fazer um grande estrago se você não estiver bem habituado ao seu meio de transporte.

HIDRATAÇÃO E ALIMENTAÇÃO
·        Enquanto estiver pedalando, beba muita água e isotônicos.
·        Para trechos mais longos, alimente-se com freqüência, mesmo antes de sentir fome. A reposição de líquidos deve ser feita com muito mais intensidade do que quando você está em repouso.
 
TRANSPORTE da BICICLETA
·        Antes de mais nada, considere que pedalar é um esporte crescente no mundo todo e você hoje tem muita facilidade em encontrar bikes de excelente qualidade em muitos lugares. Vale uma pesquisa antes de se programar para saber se levar sua bike é mesmo a melhor opção. Considere, além do transporte aéreo, o taxi que você terá que pegar para chegar ao seu hotel ou trem, ônibus e transfers em terra depois de seu desembarque.
·        Vai mesmo levar sua bike para um passeio de avião? Consulte sempre sua companhia aérea sobre as regras para o embarque de sua magrela.
·        Para viagens internas no Brasil, normalmente ela pode viajar montada. Vale proteger o quadro com plástico bolha, e dar especial atenção à corrente e pedais.
·        Para viagens internacionais, sua bike deve ir desmontada e acondicionada em uma mala-bike. Descarte imediatamente as de tecido, mesmo que acolchoadas. O risco de um raio ou qualquer peça delicada chegar torto é grande.
·        As melhores são as rígidas, com espaços perfeitos para cada uma das peças. Invista nestas, apesar do preço mais elevado, é a melhor garantia de que sua bike chegará inteira.
·        Esta é a única viagem que você fará e não quer investir numa mala-bike cara? Há duas boas opções:
Alugar uma. Boas bicicletarias dispõe de ótimas marcas para aluguel.
Recorrer às caixas de papelão – aquelas mesmo, que acondicionam bikes novas. Bicicletarias podem te fornecer sem nenhum custo, e realmente protegem sua bike no transporte aéreo.
Fonte:   www.bikeexpedition.com.br

Galeria das bikes da Copa do Mundo de MTB na República Tcheca

O suíço Nino Schurter foi o vencedor da segunda etapa da competição

       

quarta-feira, 29 de maio de 2013

5 Razões para não colocar rodas aro 27,5 em sua aro 26"

 

                  
5 Razões para não colocar rodas aro 27,5 em sua aro 26
Divulgação
Olá pessoal! Aqui vai um assunto que os “especialistas” de plantão dos fóruns vão ficar indignados. Mas é importante alertar mesmo assim!
Essa semana tive a oportunidade de conversar com um diretor da área de desenvolvimento de produtos de uma das maiores marcas de bikes do mundo (prefiro não falar o nome da marca).
Perguntei para ele sobre a questão da conversão de bikes 26 em 27,5. E para minha surpresa a resposta dele foi: “Não faça isso!”. Os motivos são simples: A mountain bike é um veículo leve e milimetricamente planejado para aguentar impactos e situações bastante extremas, sem perder estabilidade e tendo um mínimo de segurança.
Quando se coloca uma roda aro 27,5 em uma estrutura que foi cuidadosamente planejada para um aro 1,5 polegada menor. Existem uma grande alteração na estabilidade, forças exercidas sobre o quadro e suspensão e centro de gravidade da bicicleta. O que alteram MUITO e de forma imprevisível o comportamento da bike.
Para não ficar a minha palavra contra a dos grandes “especialistas ” que tem por ai… Fui buscar uma fonte com bastante credibilidade. Josh Patterson, é mecânico de bicicletas e editor da parte técnica do Site Bike Radar. O maior site do mundo sobre aspectos técnicos de bicicletas.
Ele escreveu um artigo com 5 motivos para não fazer a conversão. Para acessar o original, aqui vai o link. Vou fazer aqui uma tradução:

1. Não é algo certo

Tem um monte de fóruns dedicados a convencer as pessoas a colocar as rodas “levemente maiores” nos quadros aro 26. Muitas das conversas nos fóruns são sobre quais os quadros são compatíveis com essa conversão.
Não existem garantias de que o seu quadro aro 26 vai acomodar as rodas 27,5 (650b). Se a sua bike for uma Santa Cruz Blur TRc ou uma Ibis Mojo HD, essas são as mais comuns para a conversão. Mas ambas as marcas afirmam que a conversão não é o ideal.

2. Só porque cabe, não significa que vai funcionar

Você não está em uma trilha somente porque a sua bike acomoda os aros 650b e os pneus. Pode até parecer que cabe no stand de reparo, mas no teste real, é quando você toda a sua suspensão traseira se comprime 100%. Provavelmente o pneu vai acertar o seat tube (ou ficar muito perto). Ou pior… a coroa do garfo vai acertar o pneu dianteiro.
 
Para ajustar a suspensão para que a roda caiba no quadro 26 mesmo em situações extremas, existem algumas gambiarras que podem ser feitas no garfo, com espaçadores de borracha ou limitar o curso da suspensão traseira. Mas ambas interferem na performance da bicicleta.
Em bikes Hard Tail. Você pode comprar só a suspensão 650b, mas isso irá afetar a geometria e consequentemente a dirigibilidade de sua bicicleta.

3. Diminua os pneus e diminua a diferença

Outra opção é colocar pneus com perfil mais baixo. Isso diminui as chances do pneus pegar na bike… Porém, também diminui as vantagens de você estar utilizando o aro 27,5…

Além de perder estabilidade e resistência por estar utilizando pneus mais finos.

4. A performance vai ser mediana, no máximo

Vamos supor que você ignore tudo o que está sendo dito e coloque rodas 650b no quadro 26… Você vai ter que comprar novos pneus, novos aros, talvez um garfo novo. Isso com certeza vai sair mais barato que uma bike nova
O problema é que provavelmente você não terá grandes resultados com isso. Você terá aumentado 25mm em uma roda, mas terá alterado todo o resto da bicicleta.
Com a alteração você terá aumentado a altura do caixa de centro, vai ter modificado o curso da suspensão da sua bike, para evitar o impacto com a coroa. Talvez precise de pneus mais finos, também para evitar o impacto tanto no garfo como no seat tube. Se você optar por uma suspensão 650b, você vai alterar o ângulo do head tube, altura da caixa de centro, ângulo do seat tube e aumentar o comprimento total da bike… Ou seja construiu uma bike nova.
Com tantas alterações, é simplesmente impossível identificar qual o ganho que aconteceu por conta do aumento das rodas… Com tantas variáveis confusas na equação.
Nenhuma conversão será melhor que uma bike projetada 100% para os aros 650b.

5. Paciência é uma virtude

Pergunte a você mesmo: Vale a pena empurrar uma roda ligeiramente maior em um quadro 26, só para ter ganhos marginais de rolagem e tração com o risco de perder segurança e performance e dirigibilidade?
Tem um monte de aros 650b sendo lançados, desde hard tail a bikes de DH. Logo, logo, todo o tipo de marcas de quadros e rodas já estarão disponíveis em 650b. Se ainda não estiver afim de gastar com a 650b. Teste a bike de algum amigo que seja feita especificamente para 650b e tire as suas conclusões daí. Não converta uma 26 em uma 27,5.
Se você for um cara que gosta de apostas e está ansioso para se juntar a galera que está fazendo as conversões. Provavelmente em um futuro próximo, serão lançados quadros planejados para que a conversão seja feita e ai você poderá fazer o sua conversão.

Complementos

Marcelo Rocha, o maior especialista em Bike Fit no Brasil, deixou suas contribuições para o texto:
“Outros detalhes importantes:
- A altura da caixa de centro em relação ao solo vai ser aumentada
(ela e o que eles chamam de BB drop, andam juntos; BB drop é a diferença de altura dos eixos da roda para a caixa de centro e vice-versa) você vai estar em uma bike com a caixa de centro mais alta em relação ao solo, porém com um BB drop de uma caixa de centro mais baixa.

- Nas bikes 29 e 27,5 de fábrica a altura de caixa centro em relação ao solo aumenta quando muito 5 mm em relação à 26 (vários fabricantes mantém a mesma). E os fabricantes aumentam justo o BB drop para manter a bike estável e não colocar a caixa de centro lá em cima. Ou seja, os eixos das rodas sobem e a caixa de centro permanece lá embaixo.
- O trail dessa bicicleta é calculado para uma roda 26 e com tal ângulo de caixa de direção e vice-versa, você também terá alterações de dirigibilidade por conta disso. Trail é a diferença da projeção do ângulo da caixa de direção para o solo, e do eixo da roda da frente para o solo. Só para ilustrar: imagine uma moto tipo uma HARLEY, o trail dela é imenso, enquanto uma moto tipo do Valentino Rossi tem o trail bem menor.
- A largura de guidão de uma bike 26 foi pensada para esterçar essa roda considerando o desvio angular que ela tem, se a roda aumenta, e o guidão?

terça-feira, 28 de maio de 2013

As dez bike shops mais descoladas ao redor do mundo

Lojas em Nova York, Barcelona, Tóquio, Londres e Beijing estão entre as top 10 de lista das mais “cools” feitas por experts

              Bike shop com serviços diferenciados, que sirva de ponto de encontro e de referência, além, é claro, da oferta de bicicletas e acessórios descolados. Os experts Matt de Neef  e Wade Wallace fizeram a lista das top 10 entre as lojas mais bacanas do mundo.
Veja as escolhidas:

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Em breve 3º Passeio da Pedal Peça - Tibau/Canoa Quebrada.

.Sairemos de Tibau a tarde para chegar em Canoa por volta das 18Hs. 
 
          Nosso próximo passeio será para Canoa Quebrada saindo de Tibau, estamos só esperando a melhor oportunidade como tabua da maré e um melhor preço das pousadas, pois iremos passar a noite do sábado para o domingo em Canoa com a família. 
 Aguardem!!!

Regulagem ideal para a suspensão e amortecedor traseiro

Amortecer os impactos e tornar a pedalada mais confortável sempre foi um objetivo perseguido pela indústria

             

A popularização do mountain bike deve muito à evolução das tecnologias empregadas no desenvolvimento em equipamentos que tornaram a pedalada mais suave e segura. Se desbravar trilhas e curtir longas descidas junto à natureza é um dos maiores prazeres que o biker off road pode ter, poder passar sobre obstáculos com segurança e ao mesmo tempo poupar os braços dos impactos mais dolorosos é um privilégio.
Amortecer os impactos e tornar a pedalada mais confortável para o ciclista sempre foi um objetivo perseguido pela indústria ciclística e os exemplos mais antigos de bicicletas com amortecimento remontam ao final do século 19 com primitivos sistemas de feixes de molas.
O salto tecnológico veio com o crescimento do mountain bike nos Estados Unidos a partir do início da década de 90, quando os primeiros garfos de suspensão com curso entre 38 e 50mm no máximo começaram a conquistar o mercado. Não demorou muito até que as bikes ganhassem também amortecimento na parte traseira, conhecidas como full suspension.
A evolução das suspensões para bicicletas teve como referência os amortecedores utilizados no mercado motociclístico. A RockShox por exemplo, uma das pioneiras e líderes desse mercado, é fruto da experiência que fundador Steve Simons trouxe do motocross para o mountain bike.
Hoje temos bikes de downhill com cursos gigantescos de mais de 200mm na dianteira que permitem aos pilotos ousarem mais velocidade nas descidas, com saltos cada vez mais ousados. Para as modalidades cross country e marathon há bikes rígidas e full suspension com opções de amortecedores traseiros e garfos inteligentes que se adaptam automaticamente ao peso do ciclista, leem o terreno, travam sozinhos e facilitam a vida do atleta que se mantém focado na corrida.
FUNCIONAMENTO
Antes de entrarmos propriamente na questão do ajuste, é importante conhecermos um pouco dos diferentes tipos de suspensões oferecidos no mercado. A principal diferença entre eles é o sistema de amortecimento. Para simplificar, dividimos os tipos em:
Elastômero
Mola ou Mola e Elastômero
São as mais simples e as regulagens são mais básicas e, em alguns casos, não oferecem nenhuma regulagem.
Elastômero é um cilindro feito de um tipo de borracha sintética com propriedades elásticas que vai no interior da canela ou bengala. Algumas suspensões têm também uma longa mola espiral que fica geralmente na canela esquerda.
Há suspensões desse tipo que têm regulagem e algumas (raras) oferecem trava na canela direita. Nas de elastômero, uma forma de regular a maciez ou a dureza do funcionamento é trocando-se o elastômero por outro de diferente densidade.
Mola
Normalmente esse tipo de suspensão é utilizado nas bikes mais simples voltadas ao lazer e nos modelos mountain bikes mais econômicos.
Esse tipo cumpre o papel de amortecer impactos, mas têm o inconveniente de retornarem rapidamente à posição inicial e isso nem sempre é o ideal em situações de terrenos muito esburacados, pedregosos etc. Um bom exemplo de suspensão a elastômero são os modelos da série ER da marca brasileira Proshock.
Hidráulicas – mola e óleo
Nesse tipo, a mola ou elastômero é substituído por óleo, que vai fazer o papel de mola hidráulica, como nos amortecedores de automóveis. O óleo pode ir solto no interior da canela direita (sempre do lado direito para escapar do calor gerado pelo aquecimento do disco do freio) ou então no interior de uma cápsula. São mais sensíveis e fazem uma melhor leitura do terreno. O amortecimento de impactos restringindo a passagem do óleo por um ou mais orifícios. Normalmente oferecem ajustes de pré-carga, compressão, retorno e trava.
Pneumáticas: repare na válvula localizada na canela esquerda
Pneumáticas – ar e óleo
Usa ar comprimido como mola. Além de mais leves (já que não usam óleo), esse tipo é mais sensível e o que melhor lê o terreno, permitindo um ajuste de pré-carga mais preciso, de acordo com o peso do ciclista e o terreno. A calibragem é feita com uma bomba especial para suspensões. Do lado direito dessas suspensões fica o sistema hidráulico (a mola a óleo) e as regulagens de compressão e retorno do óleo.
TRAVAR PARA SUBIR
Exemplo de trava acionada remotamente
Atualmente, a maioria das suspensões traseiras, e alguns amortecedores traseiros também, podem ser travados. Algumas travas ficam localizadas no corpo da suspensão e outras, mais sofisticadas, têm um controle remoto no guidão acionados por cabo ou por sistema hidráulico.
Há também modelos que se travam automaticamente. A trava transforma a suspensão praticamente num garfo rígido, situação particularmente interessante em situações onde o ciclista pedala em pé e o afundamento desnecessário da suspensão desperdiça energia e prejudica o rendimento em subidas.
AJUSTES
Mas não basta ter a melhor suspensão do mercado se ela não estiver bem regulada para o ciclista, afinal, uma mesma bike com um determinado conjunto de suspensões poderá ser utilizada tanto por um ciclista de 60kg quanto por um de 90kg. É aí que entra o set up individual, com ajustes especificados para cada ciclista. O ajuste de SAG é o início de tudo e talvez o mais importante no set up individual de uma suspensão dianteira ou amortecedor traseiro. Sag, em inglês, significa afundar, mergulhar, ou seja, ajustar o SAG nada mais é que regular o quanto que a suspensão afunda com o peso do ciclista sobre a bike. As suspensões vêm de fábrica com uma determinada regulagem de pré-carga (Preload) que se traduz em tantos centímetros de afundamento para um certo peso do ciclista parado. Via de regra, o SAG deve ser ajustado para que a suspensão (ou amortecedor traseiro) afunde entre 15 e 20% do seu curso.
Medindo o SAG
Nos modelos de mola/elastômero ou hidráulicos o botão de pré-carga fica geralmente na canela esquerda. Nas suspensões a ar o ajuste de SAG vai ser feito pela válvula no alto da canela. Como o volume de ar é pequeno, essa operação é delicada e exige a bomba especial para essa finalidade. Jamais tente calibrar com uma bomba comum para pneus e muito menos num compressor ou no posto de gasolina. Consulte sempre o manual da sua suspensão para saber a pressão indicada para seu peso. Caso não tenha o manual original, pesquise na internet de acordo com a marca e modelo do equipamento.
COMO SE FAZ
Para saber o quanto sua suspensão afunda com o seu peso, o jeito mais prático é prender uma fitinha zip-tie na parte mais baixa da haste da suspensão. Apoiado numa parede ou seguro por um amigo, suba na bike e sente-se na posição de pedalada. A suspensão vai afundar e a fita zip-tie vai apontar com precisão o quanto a suspensão afundou. Em garfos com ajuste de pré-carga, gire o botão no sentido horário para aumentar a pressão da mola e diminuir o afundamento, ou para a esquerda para aumentar o afundamento. Se a suspensão afundar menos de 15% do curso total e a pré-carga estiver em seu mínimo, a solução será trocar a mola (ou elastômero) por outra mais mole. Nas suspensões a ar, calibre com a pressão desejada de acordo com a tabela de fábrica.
Já existem bikes com ajuste automático do SAG. É o caso de alguns modelos Specialized lançados em 2011 que são equipados com amortecedores traseiros Fox e que têm um sistema muito prático e rápido de ajuste, onde o ciclista calibra o amortecedor, sobe na bike e basta apertar um botão para que ele se ajuste sozinho.
Por fim, lembre-se que os ajustes são bem pessoais e cada um tem seu próprio jeito de pilotar. Assim, quem curte cross country competitivo, pode optar por um sag de 10% do curso para garfos com curso de 80mm e entre 10 e 15% suspensões de 100mm. Para trilhas mais técnicas e acidentadas, prefira um sag mais amplo, com até 20%. Já os atletas profissionais preferem um set up mais duro, com o mínimo de sag possível. O importante é que cada um encontre o seu valor ideal por meio de testes e pela experimentação.
O ajuste de compressão da mola
COMPRESSÃO
Outra regulagem importante é o da compressão da mola, que deixa o funcionamento mais duro ou mais mole e suave, dependendo do gosto do ciclista e do tipo de terreno. Esse ajuste normalmente é por meio de um botão giratório no alto da canela e pode ser feito durante a pedalada.
REGULAGEM DO RETORNO
O ajuste de retorno determina o tempo que a suspensão leva para voltar ao estado original depois de receber um impacto. Essa regulagem é feita por meio de um botão que fica localizado, na maioria dos modelos, na parte inferior da canela direita. Quando o botão é girado para a direita, o retorno da suspensão é mais rápido e para a esquerda o retorno se torna mais lento.
Só para entender o conceito, um retorno rápido faz a bike pular muito numa descida acidentada, por exemplo. Já um retorno muito lento faz com que a suspensão atinja o final do curso com facilidade.
Calibragem da câmara de ar inferior
Para começar, tente um ajuste mais conservador, com o botão no meio da escala por exemplo, e vá testando até obter o melhor comportamento. Um ajuste perfeito vem após um tempo de adaptação com o equipamento e depois de
algumas tentativas e erros de ajustes.
PALAVRA DO EXPERT
Regulagens mais finas e tunagens especiais para competição devem ser feitas por profissionais experientes e com ferramental específico. Além de bem ajustada para o peso, para o terreno e para as necessidades e estilo do ciclista, uma suspensão pode ter seu funcionamento otimizado mexendo-se na viscosidade do óleo, na escolha das lâminas e também das válvulas, esse último processo é o que se chama de “revalvular” e exige muito conhecimento e perícia.
O expert em suspensões e shocks Ulisses Dupas da Conexão Brasil
“Uma suspensão bem regulada tem que ser progressiva do início ao final do curso para que o atleta tire o máximo de aproveitamento do equipamento. Uma suspensão tunada para determinado atleta gera um rendimento muito melhor e vai funcionar perfeitamente tanto em trechos com pequenas oscilações quanto nos momentos de pancada. Além disso, uma bike full suspension com um amortecedor traseiro bem regulado, ajuda muito na tração”, garante Ulisses Dupas, especialista em suspensões e amortecedores e proprietário da oficina conceito Conexão Brasil, com mais de 20 anos de experiência e conhecimento adquirido nas apostilas do famoso Instituto Barnett, referência mundial em mecânica de bicicletas.
Em sua oficina em Campinas (SP), que tem um ferramental completo de fazer inveja a muita concessionária de motos, Dupas dá assistência técnica e customiza amortecedores e suspensões que chegam de todo o país pelos Correios.
Dicas de Ulisses Dupas para aumentar a vida útil da suspensão:
  1. Fazer regularmente as trocas de óleo. “O óleo velho perde suas propriedades químicas. Todo óleo traz em sua composição aditivos com propriedades lubrificantes, detergentes, de antioxidação, antiatrito e de arrefecimento. O próprio calor faz com que o óleo perca essas propriedades. Não é em vão que em todas as suspensões o óleo fica na canela direita, do lado oposto do freio”, ensina Dupas.
  2. Manter limpas as canelas. Usar um pano seco para isso.
  3. Afastar a parte de borracha do retentor com um palito de dente e aplicar uma gota de óleo em cada canto. Pode ser óleo de corrente a base de teflon.
  4. Desmontar a bengala uma ou duas vezes ao ano para lubrificação e substituição dosretentores.
  5. Amortecedores traseiros exigem menos manutenção. “Em geral, o período de manutenção é o dobro do dianteiro”, ensina. Em casa, basicamente o que se pode fazer é passar um spray de silicone na haste e leva-lo para a manutenção para ser feita uma limpezana câmara de ar.
Colaboração de Ulisses Dupas (19) 9549-3080 – conexao.brasil@hotmail.com
O QUE VEM POR AÍ
A última palavra em amortecedor traseiro já está pronta vai chegar ao mercado em breve. O fabricante francês Lapierre trabalhou na surdina durante cinco anos em parceria com a americana RockShox e desenvolveu um sistema eletrônico que promete agitar o mercado.
O sitema eletrônico da francesa Lapierre
Chamado de E.I Shock, o sistema da RockShox é alimentado por uma bateria recarregável e conta com um computador que mede a força dos impactos e a energia de pedalada com acelerômetros e sensores de cadência e regula automaticamente o funcionamento do amortecedor traseiro no intervalo de um décimo de segundo.
Rock Shox E.I. Shock da Lapierre
O sistema E.I Shock vai equipar, além das La Pierre, as bikes das marcas Ghost e Haibike que pertencem ao grupo Accell.

Passo a passo para uma lubrificação rápida dos cabos

Saiba como fazer uma lubrificação rápida nos cabos de câmbio

             
Já tomou aquela chuva bem no meio da estrada ou da trilha? Aquelas fortes que molham tudo e que descem pelos cabos e até bloqueiam o funcionamento do câmbio? Quem já enfrentou isso sabe como é. O câmbio deixa de funcionar pois os cabos não deslizam mais dentro dos conduites. Na maioria dos modelos de bikes, você mesmo soluciona o problema em questão de minutos! Veja abaixo:
1- Espere até que a bike esteja 100% seca;
2- Coloque a coroa do meio, ou a menor coroa no caso das speed, e mude para a maior catraca atrás;
Foto: www.bikeradar.com/
3- Com a bike parada e sem girar os pedais, acione o shifter (passador) como se mudasse para a menor catraca, para criar uma folga no cabo. Agora com as mãos você é capaz de desencaixar o conduite dos suportes no quadro e deixar o cabo à mostra. Comece pela extremidade que entra diretamente no câmbio, lá trás. Dependendo do modelo de bike (seja mtb ou speed) você conseguirá ter lubrificar quase toda a extensão do cabo;
Foto: www.bikeradar.com/
4- Limpe e seque o cabo com um pano embebido em querosene para se livrar da graxa velha, da lama, sujeira e da umidade;
5- Com a ponta dos dedos espalhe um pouco de graxa branca. Se não tiver graxa branca, use óleo de motor de carro. Use pouco, não precisa exagerar! Se preferir pode deixar escorrer um pouco de óleo onde não foi possível lubrificar com as mãos;
Foto: www.bikeradar.com/
6- Reinstale os conduites nos suportes do quadro e está pronto;
Gire os pedais mudando as marchas várias vezes para o óleo agir e logo tudo vai voltar a funcionar direitinho!
7- Agora é a vez do câmbio dianteiro. Mude a corrente para a coroa maior.
Sem pedalar acione o shifter (passador) para mudar para a coroa menor e criar uma folga no cabo;
8- Proceda exatamente como na lubrificação do câmbio traseiro.
Isso é apenas uma manutenção básica pós-chuva ou quando o acionamento do câmbio está duro, não dispensando os cuidados periódicos de uma revisão com um profissional qualificado. O mecânico além de inspecionar os cabos lubrificará também todo o conjunto interno dos shifters e fará a regulagem geral de sua bike!