domingo, 29 de dezembro de 2013

A incrível mountain bike de ouro de US$ 1 milhão


A incrível mountain bike de um milhão de dólares
Publicado em 27 de dezembro de 2013 às 16:14
Foto mountain bike de ouroBike de Ouro - Imagem destacadaQue tal uma bike feita de ouro? Nos Estados Unidos, a empresa The House of Solid Gold (THSG), especializada na criação de objetos de uso diário em ouro, apresentou uma bicicleta folheada em ouro 24k. A bike foi avaliada em um milhão de dólares e pode ser a bicicleta mais cara que se tem notícia.
A bike foi construída pela Veloworks Bicycles, de Santa Mônica, na Califórnia, e terá apenas 13 exemplares. Cada bike leva 750 horas para ser produzida e as partes recebem um processo químico onde uma fina camada de ouro é aplicada nas partes metálicas que se chama “eleBrasao Bike de Ouroctroplating”.
A bike traz o emblema THSG (foto ao lado) no tubo da caixa de direção adornado com uma incrustação de 600 diamantes (6 quilates no total) e 500 safiras douradas (4.5 quilates).
Na realidade, a bicicleta é uma fat bike Salsa Mukluk XL, com rodas aro 26 e pneus de quatro polegadas de largura e quadro de alumínio. O garfo e os cubos também são da mesma marca, assim como as blocagens, a coroa única de 36 dentes e a abraçadeira de selim. Para completar o brilho, muitas peças usadas na bike são originalmente douradas, como por exemplo as pastilhas de freio da JagWire e a corrente da marca AMC.
Câmbio de ouro - Bike de ouroA caramanhola de inox folheada a ouro é da marca Klean Kanteen. O selim é revestido com couro de jacaré e o quadro é assinado a laser pelo artista, que numera individualmente cada bike. A bike vem com componentes Shimano SLX e XT de 10 velocidades.
Mais informações no site www.thehouseofsolidgold.com

Capacete: equipamento garante pedalada segura

A importância do uso do capacete, a evolução dos modelos, os cuidados e qual o melhor para cada modalidade

 O uso de um equipamento para proteger a cabeça se perde na história. Todos já vimos gravuras de guerreiros antigos e seus capacetes. Bem protegido no interior de nosso crânio está a nossa vital central de comando, nosso precioso e frágil cérebro.
Pedalar sem capacete, nem que seja um descontraído passeio no parque ou na ciclovia, é um ato de imprudência e no mínimo de falta de consciência.

No Brasil, a obrigatoriedade ficou fora da reforma do Código de Trânsito Brasileiro de 1998 e, mesmo nos países desenvolvidos, a obrigatoriedade do uso é tímida. Na Austrália, o uso é obrigatório desde 1989 e, na Nova Zelândia desde 2003; nos Estados Unidos, a lei varia de estado para estado. No Japão, por exemplo, o uso é obrigatório para menores de 13 anos desde 2008. Um capacete é projetado para absorver o impacto de alguém que caia de uma bicicleta e por isso jamais deve ser usado em veículos motorizados como jet skys, quadriciclos, ciclomotores e afins.
O clássico “Hairnet” feito com tiras de couro
HISTÓRIA
Os primeiros modelos datam do início do século 20 e eram feitos de couro, mas, até os anos 70, capacetes eram rechaçados por ciclistas profissionais, que alegavam desconforto, excesso de peso e perda aerodinâmica como desculpas para não usarem a proteção.
Conhecidos como hairnet, pois se pareciam com uma rede de cabelos, os primeiros modelos de capacetes consistiam em largas tiras feitas de couro acolchoadas em seu interior com tecido ou outro material macio e ofereciam pouca proteção.
Em 1975, a Bell apresentou o Biker, seu primeiro modelo para ciclistas, feito em Estireno. As campanhas de prevenção de acidentes ganharam força nos Estados Unidos, especialmente voltada para a segurança infantil e os capacetes começaram a se popularizar.
Sempre na vanguarda, em 1983 a Bell lançou o primeiro capacete feito de EPS (Poliestireno Expandido), o modelo Bell V1 Pro, bem similar ao formato dos modelos atuais, com amplas aberturas de ventilação. Alguns, como o Giro Prolight, tinham o EPS à mostra e eram cobertos por uma capa feita de tecido com elástico nas bordas que literalmente vestia o capacete. Em 1986, o belga Michael Vaarten foi o primeiro ciclista a conquistar o título Mundial de Ciclismo usando um capacete.
Um dos primeiros modelos da Bell feito em EPS
Mas a verdade é quase não se viam cabeças protegidas no pelotão de ciclistas profissionais mundo afora.
A primeira tentativa da UCI de tornar o capacete obrigatório foi em 1991, que resultou numa greve mobilizada pelos ciclistas durante a Paris-Nice daquele ano e fez a UCI recuar da obrigatoriedade. As coisas só começaram a mudar em 2003, com a morte do ciclista cazaque Andrei Kivilev, que morreu no dia 12 de março ironicamente na segunda etapa da Paris-Nice. Naquele mesmo ano, a UCI fechou o cerco e no dia 5 de maio decretou a obrigatoriedade do uso e o Giro D’Itália foi a primeira competição onde os ciclistas tiveram que usar a proteção, embora ainda fosse permitido pedalar sem o capacete nos últimos cinco quilômetros de etapas com chegadas em subida. Pouco depois, a lei determinou o uso em todo o percurso de qualquer competição sob a chancela UCI.
EVOLUÇÃO
Depois que os hairnets foram extintos, o EPS (Poliestireno Expandido) entrou para valer no mercado e se mostrou a melhor opção em termos de proteção e leveza. O principal objetivo de um capacete é desacelerar o crânio (e, por consequência, o cérebro) com mais suavidade possível e o EPS cumpre esse papel com louvor. Esse material foi descoberto por dois químicos da empresa alemã Basf em 1949. O produto final é composto de pérolas de até 3 milímetros de diâmetro que expandem até 50 vezes o seu tamanho e consistem em 98% de ar e 2% de Estireno. Em 1m³ de EPS existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar.
Os primeiros capacetes em EPS, conhecidos como “hardshell”, tinham o casco interno separado da camada externa. Atualmente, os capacetes são feitos com a tecnologia In Mold. Nesse processo, a parte interna do casco é injetada em alta temperatura e com alta pressão sob a camada externa, criando uma estrutura bastante sólida e estável. Mais recentemente alguns modelos recebem reforços internos de fibra de carbono.
A última palavra: O modelo Air Attack da Giro
Os sistemas de fecho e as antigas fivelas metálicas deram lugar a modernos fechos que travam e destravam com um clique. A maioria das marcas oferece um sistema de fecho na região da nuca que possibilita o ajuste fino do caimento do capacete à cabeça.
A utilização do túnel de vento auxiliou os estudos em termos de aerodinâmica e ventilação interna e alguns modelos têm canais moldados no interior do casco para essa finalidade.
TIPOS
Existem vários capacetes para várias aplicações. O mais comum é aquele feito de EPS (Poliestireno Expandido), ou seja, um tipo de “isopor”, só que bem mais resistente, com várias aberturas para ventilação e que protege basicamente o topo da cabeça, as laterais e um pouco da nuca. Esse é o mais comum e polivalente, serve para a cidade, para o lazer, cicloturismo, ciclismo de estrada e mountain bike.
Há capacetes específicos para certas modalidades, é o caso dos capacetes para provas de contrarrelógio e triathlon, downhill, BMX olímpico e outras modalidades praticadas com bikes de aro 20, como o Dirt Jumping, Vert e Flatland.
Em sentido horário: capacete de lazer e MTB, ciclismo, aro 20/dirt jump/vert e downhill/bmx
Os capacetes de contrarrelógio são os mais aerodinâmicos, em forma de gota d´água e com um perfil bastante alongado na parte posterior e alguns possuem viseira integrada.
Os de downhill e BMX são do tipo full face, ou seja, são fechados, como os de motocicleta, com o objetivo de proteger o rosto (boca e dentes inclusive) do atleta. Já os de BMX radical oferecem mais proteção lateral, cobrindo a região das orelhas e da nuca.
SALVO PELO BELL
Não me lembro muita coisa daquele dia. Tudo o que sei é por relatos dos amigos que estavam comigo num domingo de março de 2003. A primeira coisa que me lembro é que estava num hospital. Eu havia caído numa trilha numa região remota, a 25km do centro de Campinas e o resgate levou mais de uma hora para chegar. Quebrei duas costelas, a escápula, as duas clavículas e, o pior, fraturei o lado esquerdo do crânio em dois lugares: logo atrás da orelha e na têmpora. O capacete, um Bell modelo Ukon, rachou nesses dois lugares, mas cumpriu o papel de amortecedor da pancada. “Se não fosse o capacete, não sei o que teria acontecido com você. Talvez tivesse morrido no local”, disse-me o neurologista dias depois. Não fiquei desacordado em nenhum instante, mas tive o que se chama de concussão cerebral, algo como um “curto circuito” no cérebro e amnésia pós-traumática, que apagou de minha memória o período logo após o acidente.
CUIDADOS
Capacetes não duram para sempre. Embora não exista uma regra clara que defina o prazo de validade, o capacete deve ser trocado em caso de danos visíveis no casco ou no seu interior como rachaduras e trincas. Um equipamento que sofreu impacto ou queda deve ser substituído, pois sua estrutura pode ter sido afetada e, consequemente, sua capacidade de absorção reduzida. A presença de bolhas ou ondulações na parte externa é sinal de que o capacete está danificado e precisa ser substituído. Mas, é importante ter em mente que nem sempre o dano na estrutura de um capacete é aparente e, na dúvida, é melhor trocar.
Outro fator que pode prejudicar a eficácia de um capacete é o excesso de calor. Jamais armazene ou transporte seu capacete num local muito quente e que sofra ação direta dos raios solares.
Para guardá-lo durante um longo período de inatividade, deixe-o na sua caixa original ou numa bolsa de transporte num local fresco e seco.
Limpeza – Após o uso, deixe-o secar num local ventilado e longe da luz direta do sol, estendido num varal, por exemplo. De tempos em tempos, é bom retirar as espumas e lavá-las com sabonete ou sabão neutro. O casco deve ser limpo com uma esponja úmida e sabão neutro. Jamais use derivados de petróleo ou sprays na limpeza de um capacete. Lembre-se de que são feitos de materiais que podem se danificar facilmente com muitos produtos de limpeza.
Fonte: Bell Sports
O mercado oferece vários modelos de bandanas e bonés
SOB O CASCO
O mercado oferece alguns produtos para usar sob o capacete que aumentam o conforto e também protegem o couro cabeludo do sol, do frio, da poeira e dos insetos, servem também reterem o suor e para fixar melhor o capacete na cabeça.
Essa proteção pode ser feita com um boné (os clássicos bonezinhos de ciclismo com aba curta são perfeitos para isso), lenço, bandana, ou também por acessórios especiais para essa finalidade, como gorrinhos e toucas próprias para o inverno ou as head bands, que são feitas de material de alta absorção de água e têm canais para escoamento do suor.
COMO ESCOLHER
Escolha seu capacete primeiramente pela aplicação. Um modelo de contrarrelógio não vai ser útil para um piloto de downhill e vice-versa.
Assim como sapatos, capacetes têm tamanho certo para cada indivíduo. O tamanho é definido pela circunferência da cabeça (em centímetros), medida a aproximadamente dois dedos acima da orelha. Há marcas que oferecem modelos com sistema de tamanho único, que supostamente se adaptam para todo mundo. Em todo o caso, o melhor mesmo é ir pessoalmente numa bike shop e experimentar. Um capacete não pode ficar nem muito apertado para não causar desconforto e nem muito folgado para não chacoalhar nas trepidações. Na hora de provar, peça ajuda a um atendente experiente.
O último critério a definir é a faixa de preço. O mercado oferece modelos básicos a partir de R$ 69,00 e modelos intermediários podem ser adquiridos com R$ 120,00. É fundamental que se compre o melhor modelo que seu dinheiro alcance, já que sua vida pode depender desse equipamento. Prepare-se para pagar mais caro por modelos mais leves e com mais aberturas de ventilação, lançamentos e capacetes com grife de determinada competição, equipe ou atleta.
Observe:
  • Leveza é uma virtude. Capacetes leves exigem menos da musculatura do pescoço e fazem muita diferença numa pedalada longa;
  • Quanto mais ventilado melhor, lembre-se que o Brasil é um país tropical e quente a maior parte do ano;
  • Uma parede lateral na região das têmporas de boa espessura é muito importante, já que essa região é uma das mais frágeis de nosso crânio;
  • Verifique se o fabricante oferece o serviço de “Crash Replacement”, ou seja, se a marca tem a política de substituição grátis em caso de acidente (Vide Box);
  • Prefira as marcas e modelos que fornecem espumas extras ou que tenham espumas para vender separadamente, pois elas têm a vida relativamente curta;
  • Verifique como é o sistema de fecho, de ajuste das correias. Modelos com sistema de aperto rotativo são mais práticos e garantem melhor caimento;
  • Modelos com viseira protegem o rosto do sol e da chuva. Há modelos com viseira destacável;
  • Alguns capacetes têm uma útil telinha nas aberturas frontais que protege da entrada de insetos e folhagens;
  • Capacete para criança deve ser comprado para a idade atual e não para “servir no futuro”.
SUBSTITUIÇÃO GRÁTIS
Algumas marcas oferecem o serviço de “Crash Replacement”, que é a substituição grátis nos casos de acidentes. Veja no site do fabricante se esse serviço é oferecido e como deve ser o procedimento. Normalmente o contato deverá ser feito com a matriz no exterior e o frete corre por conta do cliente.
USO CORRETO
O capacete deve ser ajustado na cabeça de forma que ele fique bem nivelado e que proteja a testa. Via de regra, o capacete vai ficar um ou dois dedos acima das sobrancelhas. Jamais use-o como se fosse um boné, com a parte frontal inclinada para cima e com a testa exposta a pancadas.

Ajuste as correias de forma que elas se cruzem logo abaixo das orelhas. Um ajuste muito frouxo vai permitir que o capacete sai da cabeça numa colisão por exemplo. O ajuste correto vai permitir que um ou dois dedos sejam inseridos entre a correia e queixo e permitir que o ciclista abra a boca completamente.
CONSELHOS DO MÉDICO
Por conta da gravidade, quando caímos é quase certo que nossa cabeça vai se chocar contra o chão e, em alguns casos, nem temos a chance de usar as mãos como defesa e o impacto contra o solo pode ser muito forte.
“O capacete vai minimizar a pancada, mas em muitos casos poderá haver danos neurológicos”, ensina o médico neurologista Aurélio Dutra, que é fã de mountain bike e curte pedalar nos fins de semana em São Paulo com a esposa e filhinha de dois anos que já tem seu capacete.
É importante saber que as partes mais frágeis de nossa cabeça são as têmporas (lateral frontal), as órbitas oculares e a nuca.
Após uma pancada, o ciclista deve procurar um médico se tiver batido a cabeça, desmaiou ou perdeu a consciência, nem que tenha sido por poucos segundos. Isso significa que o trauma foi importante.
A avaliação médica é também necessária se houver sangramento nasal ou auditivo, pois esses sintomas indicam a possibilidade de fraturas nos ossos mais frágeis do crânio.
Fique atento também se depois da pancada, além de náusea, vômito e sonolência, o acidente apresentar qualquer outro sintoma neurológico como dor de cabeça intensa, formigamento em alguma parte do corpo, perda de força em alguma parte do corpo, dificuldade para falar etc.
“Há casos de hematomas internos que crescem devagar e rompem uma artéria. A princípio a pessoa volta ao normal, mas depois de cinco ou seis horas, vai começar a sentir os sintomas neurológicos (náusea, sonolência, sangramentos, dor de cabeça intensa etc) e será necessária uma cirurgia de emergência”, explica o neurologista.
É muito importante ter sempre em mente que o capacete é uma mera proteção e não substituiu uma pedalada cautelosa. “Em traumas de alta intensidade, com pancadas muito fortes, especialmente nos impactos laterais, o capacete não vai salvar. É importante fazer sempre uma pedalada defensiva”, completa o médico.
Se você caiu numa competição e bateu a cabeça, procure o posto médico ou uma ambulância tão logo seja possível e exija que a organização do evento providencie o transporte até o hospital mais próximo. Sua vida pode depender disso.

Nova blocagem revolucionária recebe aprovação da UCI

 Speed Release é mais seguro e mais rápido nas trocas de roda

Foto de divulgação
A Topolino Technologies, uma empresa norte-americana, desenvolveu uma nova maneira de fixar as rodas na bicicleta. A nova blocagem, chamada de Speed Release, tem tudo para revolucionar esse componente nas bikes de competição.
A nova blocagem, chamada de Speed Release
O funcionamento é muito simples. A blocagem, com a alavanca do aperto em forma de borboleta, fica junto ao cubo. Um adaptador (na prática, uma porca) vai presa na extremidade direita do garfo (ou da gancheira traseira). Basta um clique na blocagem e o eixo salta – impulsionado por uma mola – em direção à porca. Basta girar o botão borboleta e travar, da mesma forma como se trava uma blocagem comum.
O sistema é tão prático e seguro que já ganhou a aprovação da UCI para ser usado em competições de pista e de estrada. O peso da blocagem para a roda dianteira é de apenas 140 gramas, já com o adaptador. Uma versão em titânio vai chegar ao mercado posteriormente.
O inventor e presidente da Topolino Technologies Rafa Schlanger está em busca de parceiros para a fabricação em linha do produto. A empresa foi fundada em 1999 na cidade de Bethel, no estado de Connecticut, e tem 30 patentes registradas, todas no segmento ciclístico, e fabrica também rodas de bike em fibra de carbono e kevlar, além de rodas para cadeiras de roda de alta performance.
Mais informações no site da Topolino.
Veja o vídeo