quinta-feira, 24 de maio de 2012

A Mulher e a Bicicleta.



Susan B. Anthony afirmou, "Penso o seguinte sobre andar de bicicleta: ela fez mais pelas mulheres do que qualquer coisa neste mundo." Andando de bicicleta, observou a defensora de direitos iguais, mostra "a face da feminilidade livre e desimpedida".
Susan e suas companheiras do século XIX sofreram muitas restrições no seu tempo. Esqueça as barreiras profissionais, as mulheres daquele tempo eram prisioneiras das próprias vidraças. A luta por "o mesmo salário pelo mesmo trabalho" estava décadas distante. A causa da mulher vitoriana estava mais para "Gostaríamos de sair de casa de vez em quando... por favor.... se não for incômodo.”
As mulheres já foram consideradas frágeis demais para andar de bicicleta
Naquela época a moda feminina expressava desamparo e fragilidade. Pense na figura da mulher vitoriana: pálida, doentia, dependente do homem para tudo, arriscando-se, às vezes, a espiar por trás de um leque. A fragilidade de uma "senhora" era tal que a impedia de estudar, trabalhar e votar; não fazer quase nada era visto como algo sensato.

Obviamente, havia a percepção de que algo dessa fragilidade toda era uma injunção social. Um cavalheiro, caminhando até o mercado, cruzaria com dezenas de trabalhadoras das classes mais baixas. E talvez até empregasse uma delas para auxiliar as compostas senhoras de sua casa, ocupadas com conversinhas, rubores e desmaios. Mas os homens não enxergavam essas mulheres como senhoras educadas. Uma dama deveria ser fraca, sem defesa e totalmente dependente dos homens.
Três quilos na roupa de baixo
É evidente que as mulheres não sofreram qualquer alteração fundamental em sua fisiologia nos últimos séculos, então como explicar a vida moderna que levam, independente e livre de desmaios?
Para começar, a dama vitoriana raramente se exercitava ou tinha qualquer atividade física, o que implica em mau condicionamento. Além disso, a moda era ser frágil.
Outro fator da fragilidade da mulher vitoriana era sua vestimenta. Tipicamente
pesada, exagerava a silhueta feminina e ao mesmo tempo escondia o corpo. As curvas eram destacadas com espartilhos apertados que, junto com as longas e pesadas roupas de baixo, limitavam a capacidade das mulheres de mover e até de respirar. 
Algumas mulheres terminaram por rebelar-se e, em 1888, uma carta publicada no The Rational Dress Society - de um grupo de mulheres que lutavam por uma vestimenta mais inteligente - afirmou, "o peso máximo da roupa de baixo (sem os sapatos) aprovados pelo The Rational Dress Society, não pode exceder os três quilos".
Três quilos de roupa de baixo? Um progresso? É muito mais que qualquer top de ginástica. Obviamente as mulheres precisavam mudar de roupa de baixo. É onde entra a bicicleta.
Uniforme de entrada
No fim do século XIX, a popularidade das bicicletas explodiu. Por exemplo, em 1880, um dos primeiros grupos de ciclistas, chamado League of American Wheelmen, possuía 40 membros; em 1898 já reuniam quase 200.000. Andar de bicicleta era tão comum que em 1896, o The New York Journal of Commerce avaliou que o hábito estava custando aos cinemas, restaurantes e outros negócios mais de 100 milhões de dólares por ano. Considerando a popularidade cada vez mais intensa da bicicleta, era natural que as mulheres também a usassem.
Antes das bicicletas, o cavalo é o melhor meio de transporte. O acesso das mulheres ao cavalo, claro, era limitado. Cavalos eram perigosos e de controle difícil; e uma convenção médica sugeria que montar poderia danificar os genitais femininos. As mulheres deveriam montar de lado, com as duas pernas juntas. Nessa posição artificial, elas não conseguiam percorrer grandes distâncias, realimentando a idéia que não deveriam montar.
montar poderia danificar os genitais femininos. As mulheres deveriam montar de lado, com as duas pernas juntas. Nessa posição artificial, elas não conseguiam percorrer grandes distâncias, realimentando a idéia que não deveriam montar.
Bicicletas, em comparação, eram de manipulação fácil. Não havia motivo porque uma mulher não pudesse subir numa bicicleta e dignamente pedalar para tão longe de casa como nunca estivera. Nenhum motivo a não ser sua pesada vestimenta e o dilema de que, se pedalasse, ou perderia a virtude ou morreria de exaustão.
Para que a mulher participasse da nova mania sem enroscar-se na corrente da bicicleta, ela precisava de saias mais curtas ou mesmo uma vestimenta bifurcada chamada "bloomers". Também seria necessário sair de casa e fazer exercícios físicos - atividades antes consideradas impróprias.
A intensidade dos protestos contra as mulheres nas bicicletas é prova de como lutaram. As valentes mulheres que usavam uma roupa mais razoável eram criticadas, não tinham acesso aos lugares públicos e ridicularizadas nos meios de comunicação.
Ciclistas femininas geralmente eram atacadas verbal ou fisicamente enquanto rodavam. Emma Eades, uma das primeiras ciclistas de Londres, foi atingida por tijolos e pedras. Homens e mulheres, igualmente, exigiam que ela voltasse para casa de onde não deveria ter saído e se comportasse convenientemente.
Muitos temiam que a mobilidade sem precedentes proporcionada às mulheres pela bicicleta as corrompesse moralmente. Uma empresa chamada The Cyclist's Chaperon Association fornecia "senhoras de boa posição social para conduzir damas em passeios e excursões de bicicletas". Tais senhoras deveriam satisfazer critérios exigentes para se qualificarem como guardiãs da virtude. Eram senhoras casadas, viúvas, ou solteiras com mais de 30 anos. Deveriam apresentar três referências pessoais, duas de senhoras de inquestionável posição social e outra de um clérigo da igreja - tudo isso para impedir que as mulheres tivessem sua moral degradada por suas bicicletas.
Apesar de tão evidente condenação social, os grupos ciclistas continuaram e acabaram por introduzir mudanças fundamentais na sociedade. As mulheres rodaram em suas bicicletas e, para espanto geral, não desmaiaram nem cometeram atrocidades morais.
Na verdade, elas descobriram o que todos que andam de bicicleta sabem: ela proporciona boa forma, descontração e mais vivacidade. As mulheres ganharam mais independência, melhor condicionamento físico e, como brinde, liberdade daquelas roupas constritoras e representativas das cadeias sociais.
O veículo da liberdade feminina
O censo americano de 1900, publicado mais de vinte anos após a introdução da bicicleta, afirmava, "Poucos objetos utilizados pelos seres humanos originaram uma revolução tão grande nas convenções sociais como a bicicleta." Para as mulheres, isto foi especialmente verdade.
A bicicleta continua sendo a paixão dos pensadores avançados. Mesmo hoje ela é o centro de muitos movimentos reformistas. Jacquie Phelan, por exemplo, uma feminista "mountain biker", fundou os WOMBATS ou Women's Mountain Bike and Tea Society. Eleita três vezes campeã mundial como uma das dez melhores mountain bikers de todos os tempos, Phelan luta incansavelmente pela igualdade. Advoga dois preços para bicicletas, baseada nos 59 centavos de dólar que cada mulher ganha para cada dólar ganho por um homem. 
Como a bicicleta continua auxiliando as mais variadas causas, é importante lembrar qual foi sua primeira batalha. Liberação é palavra facilmente associada à bicicleta. Pedalar numa estrada com o vento batendo no rosto é uma experiência libertária, mas para as primeiras ciclistas, um simples passeio de bicicleta foi libertário de modo muito mais profundo.

Bicicletas elétricas serão liberadas pelo Denatran em todo o Brasil


Polêmica com as e-bikes está proxima de final feliz para eletrocilistas
As famosas bicicletas elétricas serão permitidas em todo o território nacional pelo Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) sem que o condutor precise apresentar habilitação categoria A (para motos) ou autorização de condução de ciclomotor, além do emplacamento do veículo.

A decisão vem em um momento de grande debate sobre o tema, que envolve questões ambientais, mobilidade e lazer para aqueles que não têm muito preparo físico para pedalar sem assistência tecnológica uma bicicleta. O ápice do assunto ocorreu quando o cinegrafista Marcelo Toscano Bianco teve sua bike movida a baterias apreendida em uma blitz da Lei Seca no último dia 28 de abril em Copacabana, zona sul da capital fluminense. À época, Bianco acumulou 21 pontos em sua habilitação para automóveis e R$ 1,7 mil em multas.

As regras, que ainda estão em estudo, deverão ser divulgadas ainda neste mês de maio, e serão bem semelhantes àquelas adotadas pela cidade do Rio de Janeiro em decreto do prefeito Eduardo Paes (PMDB), no qual se estabeleceu que as magrelas elétricas não deverão sobrepujar a velocidade de 20km/h e o condutor tenha idade mínima de 16 anos, resoluções que não são obrigatórias para as bicicletas tradicionais, movidas a propulsão humana, que seguem podendo ser utilizadas em velocidades superiores (mas com bom senso, lógico) e por pessoas de qualquer idade.

“Eles ficaram de estudar e resolver já inicialmente com as bicicletas elétricas de até 1quilowatt, consideradas como seja apenas uma bicicleta e, assim sendo, não vão precisar de registro e não vão precisar de habilitação”, disse Fernando Avelino, presidente do Detran, órgão que vem se posicionando a favor dos veículos com pedalada eletricamente assistida.

As bicicletas motorizadas movidas a gasolina, no entanto, seguem sendo consideradas ciclomotores, e o condutor deverá apresentar carteira nacional de habilitação A ou autorização para condução de ciclomotor, além de registro junto ao órgão competente.

O Denatran ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso.

Projeto busca compromisso público para bicicletas urbanas


Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo e o Instituto CicloBR de Fomento à Mobilidade Sustentável promovem consulta aberta

A Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo e o Instituto CicloBR de Fomento à Mobilidade Sustentável deram início a um projeto que busca garantir o compromisso público dos futuros representantes da população com a mobilidade urbana, em São Paulo.
Está no ar no endereço  www.tinyurl.com/bicieleicoes2012 uma consulta aberta a todos os cidadãos sobre os temas que devem resultar em uma carta de compromisso dos candidatos ao Legislativo e ao Executivo.
No dia 2/6, haverá um encontro presencial, também aberto, para debater com a sociedade os temas em questão. Em seguida, as entidades irão consolidar a carta e promover eventos encontros e discussões com os candidatos.
As duas entidades também estão realizando estudos sobre o investimento e as ações realizadas pelo poder público municipal nos útlimos 4 anos, com objetivo é ampliar o debate em torno da mobilidade por bicicletas e também gerar mecanismos de cobrança e pressão para a construção de melhorias durante a vigência dos próximos mandatos municipais.
SERVIÇO:
Consulta pública na internet: www.tinyurl.com/bicieleicoes2012
Encontro presencial: Sábado (2/6), às 10h, no Espaço Contraponto (R. Medeiros de Albuquerque, 55 – Vl. Madalena)

domingo, 20 de maio de 2012

TREINAMENTO.


Ciclismo - Dicas para treinamento

Veja algumas dicas que contribuirão para o seu aperfeiçoamento no esporte…

Treine moderadamente - O corpo tem limites, não tente encontrá-los muitas vezes. Não queira acabar todos os dias exausto. O grande erro da maioria dos atletas, é entusiasmarem-se e transformar os treinos, que deveriam ser de recuperação, em competições com os colegas. Quanto maior o nível de forma, maior deve ser a diferença de intensidade entre os dias fáceis e os difíceis.

Treinar consistentemente - O corpo humano necessita também de rotina nos esquemas de treino para conseguir uma melhor adaptação ao esforço. Isso é possível com um padrão de treinos que seja estruturamente igual, durante várias semanas. A variedade também é importante. Quando se está doente ou lesionado, não se deve treinar. É preferível parar uma semana e tratar o problema, que não parar e nunca chegar a estar a 100% porque não tratou completamente a doença ou lesão.

Descanse adequadamente - O descanso é mais importante que o treino. É durante o descanso que o corpo se adapta ao trabalho anteriormente realizado. E quanto maior a carga, maior e melhor terá que ser o descanso. E quanto mais jovem é o ciclista mais horas de sono precisa. Ao planejar os treinos não esqueça do tempo de descanso.

Treinar em grupo esporadicamente - Esta vem ao encontro de um princípio fundamental, que é a individualização. Treinar em grupo obriga a andar rápido quando precisar de recuperação ou fazer mais ou menos horas do que o grupo decidiu fazer. No entanto, treinar em grupo melhora a habilidade e a destreza para andar em pelotão. No período de pré-temporada, no inverno, em que os treinos não são tão específicos, é interessante arranjar um grupo que ande num ritmo confortável.

Treinar com objetivos - Crie objetivos. Treinar sem objetivos é como andar à deriva ou navegar sem rumo, nunca sabemos onde vamos parar. A moral, a concentração e a força anímica para realizar os treinos é maior se estiver pensando que o trabalho que você está realizando tem um determinado objetivo, que é uma ou mais corridas, nas quais você quer estar no teu melhor.

Trabalhar os seus pontos fracos - A maioria dos ciclistas gasta demasiado tempo a trabalhar aquilo em que já são bons. O segredo de um bom esquema de treinos está na diversificação do trabalho, é claro, sempre levando em conta a especialidade do ciclista.

Confiar nos seus treinos - Existem ciclistas, que no dia antes de iniciarem uma competição importante, fazem um treino de grande volume, porque pensam que irão estar em melhor forma física nessa corrida. Algumas vezes são necessários de 10 a 21 dias para o organismo estar totalmente recuperado e iniciar uma corrida exigente, dependendo da dureza dos treinos efetuados anteriormente.

Escutar seu corpo - Um plano pode estar traçado para vários dias. Mas é preciso interpretar as sensações. A verdade é que ser profissional é saber tomar decisões na altura certa, mesmo que tenha que fazer pequenas alterações ao plano inicial.

Comprometer-se a atingir objetivos - Talvez seja o mandamento mais complicado para alguns ciclistas , principalmente os mais jovens, quando têm que renunciarem a um determinado estilo de vida para melhorarem o seu rendimento no ciclismo, como deitar mais cedo, reduzir o número de idas a discotecas, ter uma alimentação equilibrada, entre outras coisas.

Dica da Pedal Peças 3321-2652.


Em meio a alguns blogs sobre ciclismo e pedaladas em longas distâncias, achei legal compartilhar algumas dicas publicadas no blog “Até Onde Deu pra Ir de Bicicleta“, onde comenta sobre hidratação, alimentação, vestuários e outros entrames envolvidos com esticadas um pouco maiores. aí vão algumas das dicas…

Hidratação: até aí nada de novo, pois sempre fui atento a essa questão. A cada 15, 20 minutos um pouco d’água. No caso de pedaladas de longa duração (acima de 2 horas) utilizo isotônico (Gatorade, água de côco, etc.) que também repõe sais minerais e tem carboidratos para manter a energia.
Alimentação: aí uma grande diferença. Nas pedaladas longas que já fiz sempre levo bastante rango. Engano com umas barrinhas de cereal e o momento do “banquete”, com sanduiches, frutas etc. Se estiver em algum local com comércio, aproveito também alguma lanchonete ou padaria. O grande erro: sempre comia quando a fome chegava. Fazendo isso, sempre chegava um momento no pedal onde me sentia fraco (achava que era apenas devido ao cansaço) além de me sentir um saco sem fundo, e nada que eu comia resolvia. Deve ser feito como a hidratação, ou seja, devemos manter a ingestão de carboidratos  para termos energia durante toda a pedalada. Dessa vez levei umas tirinhas de doce de banana, que ia comendo a cada 30, 40 min, durante o pedal (além da hora do rango mais pesado mesmo). Isso me deixou bem mais inteiro durante toda a pedalada , que totalizou pouco mais de 7 horas (de pedal girando, excetuando-se os descansos).
Roupa de baixo (o que???): isso mesmo. A famosa cueca senhoras e senhores. Parece bobagem? Pedale por 7 horas com uma cueca slip. A costura provavelmente deixará a pele da virilha em carne viva. E se estou escrevendo isso, é porque infelizmente já aconteceu. Mas valeu a lição. Cuecas grandes, tipo boxer (tá na moda já faz um tempo).
Conforto: bermuda acolchoada, selim confortável. Mamãe passou talquinho e cuidou tão bem, não vamos fazer pouco caso agora.
Costas livres: nada de mochila, pochete ou mochila de hidratação. Da mesma forma, ao longo das horas, o pequeno peso vira um verdadeiro fardo a ser carregado, e a lombar que já é exigida por posições mais agressivas de pedalada vai abrir o bico.
Protetor solar: dispensa comentários.
Resumo da ópera: é claro que para fazer longas pedaladas é preciso o mínimo de preparo. Começe com distâncias menores, mantenha regularidade, e se animar, escolha um dia para esticar um pouco mais longe. Após o pedal mantenha a boa alimentação, e é claro, descanse. No caso de pedaladas longas, alguns desses pequenos detalhes podem fazer a diferença entre chegar bem, chegar um bagaço, ou voltar empurrando.

Campeonato Mossoroense de Ciclismo.