sábado, 19 de setembro de 2020

Conheça opções alternativas para fitas de batimento cardíaco




Gabriel Vargas/Especial para o Bikemagazine
Fotos de divulgação

A cinta cardíaca é um acessório utilizado para aferir a frequência cardíaca durante a atividade e é um acessório muito importante para os ciclistas em treinamento ou que desejam apenas acompanhar o esforço em suas pedaladas, também conhecidas como cintas torácicas, fita de batimento cardíaco, entre outros nomes.

Quem tem um dispositivo de registro de treinamento com GPS – como os Garmin Edge e Forerunner, Wahoo, Bryton, Átrio etc possivelmente possui uma destas cintas – muitas vezes vêm inclusas no pacote. Felizmente, há uma padronização que permite que sensores de marcas diferentes possam ser utilizados em qualquer dispositivo (e isso vale também para sensores de cadência e velocidade).

Atualmente, a maioria das cintas cardíacas possuem contatos padronizados e intercambiáveis

Vida útil
Pode parecer frustrante, mas a vida útil das cintas cardíacas é bem limitada. A maioria dos usuários irá perceber que elas duram, aproximadamente, de um a dois anos. Até que chega aquele momento em que a conexão começa a falhar, o número de batimentos cardíacos por minuto (bpm) pode ficar congelado na tela ou simplesmente mostrar valores completamente aleatórios, notavelmente alto ou baixo demais.

Os fabricantes normalmente recomendam destacar o transmissor (ver abaixo) e lavar a fita periodicamente. Tais indicações são encontradas no manual do produto. Porém, na experiência pessoal de muitos ciclistas, essas lavagens podem não influenciar muito a vida útil das cintas.

Em caso de problemas, o primeiro passo é substituir a bateria, que na maioria das vezes é do tipo CR2032, facilmente encontrada em qualquer loja de conveniência. Se isso não funcionar, tente limpar os contatos do pod transmissor com um cotonete e vinagre. Se tiver outra cinta em mãos, experimente inverter os transmissores para identificar se o problema é na fita ou no transmissor.

Na maioria das vezes, o problema está na fita em si, que acaba absorvendo muitos sais pela sudorese do usuário e acaba prejudicando seu funcionamento. Há quem tenha resolvido cortando a fita ao meio, entre os botões conectores – possivelmente impedindo algum curto circuito ocasionado pelo depósito de sal no material – mas essa solução não funciona sempre e certamente irá resultar na perda da garantia da sua cinta.

Há casos em que o problema está no pod transmissor destacável. Há relatos de usuários que notaram contaminação dos componentes eletrônicos internos por umidade. Mesmo o dispositivo sendo muito bem vedado, com o tempo isso poder ser um fator, especialmente para quem sua muito.

ANT+ e Bluetooth
A conexão entre seu dispositivo GPS e as cintas é feito por meio do protocolo de comunicação ANT+ de 2,4 GHz, que é uma tecnologia wireless via rádio com baixo consumo de energia, muito semelhante ao Bluetooth. Criada pela Dynastream, uma subsidiária da Garmin, a tecnologia ANT+ é voltada para dispositivos esportivos e fitness, e é amplamente utilizada por outras empresas do setor.

Além da conexão ANT+, muitas cintas também possuem conexão Bluetooth, permitindo pareamento com o smartphone (para uso com aplicativos de treinamento e fitness), computadores, smartwatches etc. Note que, infelizmente, o Strava deixou de oferecer suporte para sensores externos há algum tempo, mas antes era possível registrar o treino via celular com uma cinta Bluetooth, mesmo que a bateria do seu Garmin tivesse acabado.

Há um detalhe importante ao buscar uma cinta alternativa no mercado: algumas são feitas com uma tecnologia de comunicação de 5,3 kHz que não irá funcionar com os GPS, somente com as esteiras, ergométricas e outros aparelhos de academia que sejam compatíveis.

Cintas alternativas para seu dispositivo GPS
Buscamos algumas opções encontradas no mercado, compatíveis com aparelhos GPS para bike (como Garmin, Wahoo, Bryton, Átrio etc). Para essa lista, existem algumas opções para reposição com representação oficial no Brasil, mas também listamos alguns modelos de destaque que podem ser encontrados para venda pela internet.

Neste texto, apresentaremos apenas opções de cintas torácicas, excluindo algumas opções com tecnologia óptica que podem ser usadas em outras partes do corpo.

Antes de adquirir qualquer modelo, certifique-se de que a cinta é compatível com seu GPS. Se tiver dúvidas, consulte o vendedor ou o fabricante.

Absolute THR10: a marca brasileira, distribuída pela Isapa, trouxe recentemente ao mercado uma solução acessível, cuja bateria CR2032 dura até 700 horas de uso contínuo, segundo o fabricante. Possui transmissão Bluetooth e ANT+ e é resistente à água. O preço sugerido é a partir de R$ 219 e oferece três meses de garantia.

Polar H9 e H10: com mais de 40 anos de existência, a marca finlandesa Polar é uma das mais conhecidas e respeitadas no mundo do monitores cardíacos. Muitos de seus produtos são, inclusive, validados para o uso em pesquisas científicas. As cintas da Polar têm algumas vantagens significativas. Além de possuírem seus próprios apps para smartphone (Polar Beat para registro dos treinos e Polar Flow para planejamento, análise e acompanhamento), a Polar disponibiliza também o programa FlowSync.

As cintas também se comunicam com esteiras e ergométricas que forem compatíveis. Outro grande diferencial é que as tiras elásticas são vendidas em três tamanhos diferentes, com ampla possibilidade de ajuste (PP-P, M-GGG e GGGG) e são resistentes à água (30 metros).

Há dois modelos de cinta, ambas Bluetooth e ANT+. A H9 (R$ 449). A H10 (R$549) é o modelo superior, que permite conexão simultânea com dois dispositivos Bluetooth e ANT+. Também utiliza bateria CR2025 com 400 horas de duração, mas tem o grande diferencial de ter memória para registrar os batimentos cardíacos de um treino mesmo sem estar conectada a nenhum dispositivo. Tanto a H9 quanto a H10 têm garantia de dois anos.

Kalenji Cardio Dual (Decathlon): também compatível com Bluetooth e ANT+, a opção oferecida a R$ 249,99 pela Decathlon utiliza bateria CR2032 e possui dois anos de garantia. É resistente à água (10 metros). Pelo preço e por estar disponível nas lojas físicas da Decathlon já há alguns anos, esta é uma das cintas mais populares entre os ciclistas em treinamento.

iGPSPORT HR40: sucessora da HR35, o novo modelo da iGPSPORT utiliza comunicação Bluetooth e ANT+ e bateria CR2030 com até 340 horas de duração. A garantia é de 3 meses e o preço sugerido é de R$ 343.

Magene H64: a cinta cardíaca da marca Chinesa é encontrada por uma ampla variedade de preços pela internet, geralmente ao redor dos R$ 250. Também possui Bluetooth e ANT+ e bateria CR2032 com 400 horas de duração. Se adquirida pelo site oficial da Magene, na China, há uma garantia de 1 ano.

Bontrager Softstrap:  O diferencial desta fita é que ela é bipartida, ou seja, minimiza as chances de problemas de oxidação dos contatos. Usa bateria CR 2032 e tem conexão Bluetooth e ANT+. É vendida por R$ 430

Garmin Dual HRM: por R$ 749, a cinta Garmin oferece as mesmas funcionalidades das demais opções, como conexão Bluetooth e ANT+, baterias CR2032 e alguma resistência à água (10 metros). É o mesmo modelo que acompanha os kits de GPS Edge com acessórios.

Wahoo TICKR: tem o diferencial de possuir dois LEDs que indicam o estado de funcionamento do sensor. Assim como os outros modelos, é compatível com Bluetooth e ANT+, utiliza bateria CR2032 e é resistente à água.  Informações sobre preço sugerido e garantia no Brasil não foram disponibilizadas.

Tiras elásticas avulsas: caso você tenha certeza de que o problema em seu monitor cardíaco está na cinta torácica e não no transmissor, há algumas opções de venda da tira elástica avulsa. A Polar possui o modelo Pro vendida em três tamanhos por R$ 199,99; a Garmin também oferece a cinta Premium por R$ 389. Há algumas opções genéricas mais em conta que podem ser encontradas na internet, com preços a partir de R$ 40.

Modelos coloridos da Polar

Tour de France: Soren Kragh Andersen vence a 19ª etapa



Dinamarquês da Sunweb venceu escapado em Champagnole

Do Bikemagazine
Fotos de divulgação

O dinamarquês Soren Kragh Andersen (Team Sunweb) venceu escapado a penúltima etapa do Tour de France. Esta foi a segunda vitória de Andersen nesta edição.

Andersen escapou sozinho a 16km da chegada e manteve a passada forte para cruzar a meta em Champagnole com o tempo de 3h36min33s. O esloveno Luka Mezgec (Mitchelton-Scott) foi o segundo a 53 segundos e o belga Jasper Stuyven (Trek-Segafredo) completou o pódio com o mesmo tempo.

A camisa amarela segue com o esloveno Primoz Roglic (Jumbo-Visma), que chegou com o grupo principal a 7min38s de Andersen, e administra 57 segundos de vantagem sobre seu compatriota Tadej Pogacar (Emirates) e 1min27s sobre o colombiano Miguel Angel Lopez (Astana).

“Eu gritei para o meu carro de apoio para confirmar se minha vantagem era de um minuto e eu não acreditei. Duas vitórias no mesmo Tour de France. Estou sem palavras. Nunca poderia ter sonhado com nada melhor que isto. O pelotão lá trás tinha todos os melhores ciclistas do mundo em terreno montanhoso e aí pensei em como poderia vencer aqueles caras”, disse Andersen.

TOP 5 DA ETAPA
1 Søren Kragh Andersen (Din) Team Sunweb – 3h36min33s
2 Luka Mezgec (Esl) Mitchelton-Scott – a 53
3 Jasper Stuyven (Bel) Trek-Segafredo – a 53
4 Greg Van Avermaet (Bel) CCC Team – a 53
5 Oliver Naesen (Bel) AG2R la Mondiale – a 53

TOP 10 DA CLASSIFICAÇÃO GERAL
1 Primoz Roglic (Esl) Team Jumbo-Visma – 83h29min41s
2 Tadej Pogacar (Esl) UAE Team Emirates – a 57
3 Miguel Angel Lopez Moreno (Col) Astana Pro Team – a 1:27
4 Richie Porte (Aus) Trek-Segafredo – a 3:06
5 Mikel Landa Meana (Esp) Bahrain McLaren – a 3:28
6 Enric Mas Nicolau (Esp) Movistar Team – a 4:19
7 Adam Yates (GBr) Mitchelton-Scott – a 5:55
8 Rigoberto Uran (Col) EF Pro Cycling – a 6:05
9 Tom Dumoulin (Hol) Team Jumbo-Visma – a 7:24
10 Alejandro Valverde (Esp) Movistar Team – a 12:12

MELHORES MOMENTOS

 

CRONOESCALADA
A 20ª e penúltima etapa será uma cronoescalada de 36km até La Planche des Belle Filles, com 5,9km de extensão a uma média de 8,5%. Se as diferenças de tempo forem pequenas, as posições no pódio podem mudar drasticamente. Vale lembrar que, na última década, a penúltima etapa do Tour foi montanhosa em cinco ocasiões: Mont Ventoux (2009), Semnoz (2013), Alpe d’Huez (2015), Morzine (2016) e Val-Thorens (2019).

Fonte: https://www.bikemagazine.com.br/2020/09/tour-de-france-soren-kragh-andersen-vence-a-19a-etapa/