sábado, 5 de outubro de 2019

NUTRIÇÃO – A IMPORTÂNCIA DA PROTEÍNA NO CICLISMO

As proteínas sempre estiveram em evidencia nas salas de musculação, mas além da sua participação no processo de hipertrofia, enxergamos no ciclismo a sua importância no fornecimento de energia, produção hormonal e enzimática, fortalecimento do sistema imunológico, formação de estruturas do corpo (músculos, órgãos, ossos, ligamentos, tendões e pele), equilíbrio ácido-basico e função transportadora.
Esse nutriente está em constante reciclagem e as mudanças que ocorrem na massa muscular, vão refletir na porcentagem de síntese e degradação proteica. Se a ingestão de aminoácidos livres estiver adequada, a síntese é ativada. No entanto, a medida que essa disponibilidade cai, o catabolismo (quebra) muscular acontece. Isso justifica o porquê distribuir proteínas com qualidade ao longo do dia. Essas proteínas devem oferecer aminoácidos essenciais (leucina, isoleucina, valina, histidina, fenilalanina, metionina, treonina e triptofano) e os condicionalmente essenciais (glutamina, arginina, prolina, glicina, tirosina e cisteína). Alguns alimentos como aves, carne bovina magra, peixe e ovos, atendem todas as nossas necessidades quando o assunto é qualidade proteica.
A dificuldade em atingir as necessidades proteicas, pode vir pelo hábito que a maior parte da população tem, em não incluir proteínas em lanches intermediários ou pela falta de tempo para preparar essa fonte. Nesse caso, shakes proteicos (albumina, caseína e whey protein) ou barras de proteína, podem ajudar a distribuir melhor esse nutriente.
Há alguns anos, a proteína em esportes de resistência não era muito valorizada. Era destacada a importância do consumo de carboidratos e atuação da proteína associada a um carboidrato no momento do pós-treino.
Como acabamos de ver, o cuidado deve existir em todas as refeições, pois uma refeição pode não compensar o déficit desse nutriente.
Existe muita discussão sobre como encontrar a quantidade correta para ingestão de proteínas. No ciclismo por exemplo, podemos ver que alguns autores destacam 1,7 a 2g/kg de peso.
Resumindo, deve-se considerar intensidade, variação de estímulos, recuperação do treinamento e necessidade calórica para encontrar a quantidade de ingestão perfeita.
 
 
Colaborador : Vitor Nunes (Nutricionista Esportivo – CRN:32693)
Pós graduado em: Bioquímica, Fisiologia, Treinamento e Nutrição Esportiva – UNICAMP

Nenhum comentário:

Postar um comentário