sábado, 15 de setembro de 2012

CICLISTAS MAIS EXPERIENTES PRECISAM DA "CADÊNCIA IDEAL"?


Há inúmeras publicações indicando a “cadencia ideal” para os ciclistas obterem o melhor desempenho. São números que oscilam entre 90-100 rpm em percursos planos e 70-80 rpm em subidas. Apesar disso, um grupo de pesquisadores Suíços resolveu investigar este assunto questionando se esta recomendação corresponde ao que os atletas mais experientes possuem como padrão. Será que existem divergências destes números para este grupo de atletas? Eles realizam algo muito diferente do que é recomendado? 
Para isso tiveram como ponto de partida que a “cadencia ideal”seria aquela em que os ciclistas tivessem a melhor eficiencia durante os testes. Os pesquisadores analisaram os atletas pedalando com as mesmas sobrecargas externas em subidas e em trechos planos, mudando apenas a cadência. 
Em cada teste foram coletadas amostras sanguineas de lactato, considerado um indicador fisiológico, pois eles imaginaram existir uma relação de causa-efeito. A hipótese era que se as concentrações de lactato sanguineo aumentassem significativamente numa situação em que a única mudança seria a cadencia o “custo fisiológico” seria maior e a eficiência menor. 
O principal objetivo do estudo foi comparar os ciclistas pedalando com a cadência que eles estavam habituados com o que é prescrito por diversos estudos como "ideal”. Sete ciclistas que pedalavam há pelo menos 8-10 anos participaram deste estudo, uma amostra pequena, porém o suficiente para uma primeira análise. Os resultados mostraram que este grupo de atletas mais experientes possuem um padrão muito semelhante ao que já é recomendado. Quando pedalaram "livremente", podendo escolher a cadencia que eles estavam habituados, os valores médios mensurados ficaram entre 82,1 ± 11,1 rpme 89,3 ± 10,6 rpm, respectivamente durante a pedalada em subida e nos trechos planos. Também não existiu diferença significativa quando foram analisados os valores de lactato sanquíneo nas diferentes situações.
Como conclusão os pesquisadores indicam que estes resultados podem ser transferridos para a maioria dos ciclistas. Há a tendencia, com o passar dos anos e a maior experiencia, que o próprio atleta reequilibre a sua maneira de pedalar buscando maior eficiencia e desempenho.
I AM SPECIALIZED

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